Após perder para prefeito da Capital e para governador, o empresário Mauro Mendes avança nas negociações com a cúpula do DEM e deseja concorrer, de novo, ao Palácio Alencastro
Mendes deve se filiar ao DEM para concorrer a Prefeitura de Cuiabá
O Democratas (antigo PFL) já tem como certa a filiação ao partido do empresário Mauro Mendes, que vem de duas derrotas eleitorais seguidas, uma para prefeito da Capital em 2008 e outra ao governo do Estado, nas urnas do ano passado. A cúpula já se reuniu com Mendes duas vezes. Os mais empolgados com o possível ingresso de Mendes no DEM são os irmãos Júlio e Jayme Campos é o deputado Dilceu Dal Bosco, derrotado como candidato a vice-governador na chapa do tucano Wilson Santos.
Mendes, por sua vez, se mostra angustiado em permanecer no PSB por causa dos conflitos com o presidente regional, deputado federal Valtenir Pereira. Mesmo após o pleito de 2010, os dois continuam se trombando. Por falta de espaço no PSB, o empresário está disposto a migrar para o DEM. Será o seu quarto partido nos últimos cinco anos. Era do PPS, pulou para o PR e depois ingressou na legenda socialista.
O desejo de Mendes, um empresário que foca o discurso da excelência em gestão, é o poder político. Percebendo isso, mais que depressa o DEM tenta cooptá-lo porque vê em Mendes o nome viável e com chances de conquistar o Palácio Alencastro em 2012. Tradicionalmente, o partido que representa o velho PFL não consegue superar a barreira dos 25% dos votos junto aos cuiabanos. Seus líderes acreditam que, com a chegada de Mendes, o partido entrará com força visando a sucessão do prefeito Chico Galindo (PTB). A última vez que o grupo concorreu a prefeito de Cuiabá foi com Emanuel Pinheiro (hoje no PR) e ficou em quatro lugar. Nos dois pleitos seguintes o partido foi meramente coadjuvante.
Mauro Mendes encontra dificuldades não só de permanecer no PSB como de retornar ao PR do ex-aliado político Blairo Maggi. Ele disputou o Alencastro em 2008 com apoio de Maggi, que assume em 1º de fevereiro cadeira de senador. A cordialidade política entre ambos foi interrompida no pleito do ano passado, quando Mendes, em campanha ao governo, disparou críticas e ataques à administração. Maggi agora não quer saber de apoiá-lo. O empresário que deve se juntar aos democratas fez uma série de exigências. Quer ter o controle do DEM e não aceita interferência da cúpula na condução das negociações políticas e do arco de alianças. A cúpula topou e espera agora oficialmente o "sim" para promover um grande ato, marcando a filiação de Mendes
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