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Agronegócios
Segunda - 02 de Setembro de 2013 às 17:53
Por: Alexandre Alves

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 A intenção de engordar gado “no cocho” em Mato Grosso na temporada de confinamentos de 2013 diminuiu 12.6% em relação ao rebanho efetivamente confinado em 2012, revela pesquisa realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).


 
A estimativa captada no levantamento de campo feito pelo Imea, em julho, junto a 215 responsáveis ou proprietários de confinamentos em Mato Grosso, revela que cerca de 693.1 mil cabeças serão "fechadas" no cocho este ano. O número é 14,4% menor que as expectativas do primeiro levantamento em abril de 2013. 


 
“O principal motivo para redução do confinamento em Mato Grosso foi o aumento dos custos da atividade, que é de alto risco e não permite erros de planejamento”, explica o instituto. 



Os entraves da vez foram a aquisição de animais, que representa de 65% a 70% dos custos do confinamento e, em seguida, o gasto com compra de insumos alimentares. “Deste modo, quem fez as contas antecipadamente e adotou uma estratégia fechou a boiada, já aqueles que não fizeram isso se deparam com um cenário hostil e decidiram não engordar bois no cocho”, pontua o Imea.


 
Relação de troca 
Em plena entressafra, o pecuarista mato-grossense necessita de alguma prática para a suplementação dos animais no período seco. Uma delas é o confinamento de bovinos, no qual a terminação intensiva no cocho através de insumos alimentares concentrados, como o milho, é utilizada. 


 
Em uma análise dos preços da matéria-prima para este ano, revela-se que o milho está barato, com preço referência do Imea de R$ 10,92 por saca. Por outro lado, o valor do rendimento de um boi de 17 arrobas na indústria é de R$ 1.500,74 por cabeça. 


 
“Assim, com o preço atual, o pecuarista que desejar comprar milho para alimentar seus animais encontrará a maior relação de troca do ano, 137,37 sacas com uma cabeça bovina vendida. No entanto, é valido lembrar que este preço é menor que o preço mínimo, o que tem travado as compras dos pecuaristas”, diz o instituto.





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