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Educação/Vestibular
Sexta - 26 de Novembro de 2010 às 21:19

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A professora Vera Lúcia Medeiros, do curso pré-vestibular Tema, de Petrolina (PE), afirmou que um estudante de Remanso (BA) ofereceu o gabarito da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para outros alunos antes do exame, realizado nos dias 6 e 7 de novembro.

"Quando saiu o gabarito oficial, ele mesmo tratou de falar a nota para os outros estudantes. Ele disse que acertou 172 das 180 questões. E ironizou: "Vocês não quiseram o gabarito...", disse.

A professora afirma que não denunciou o jovem à Polícia Federal porque seria "mais um na fogueira da Inquisição, enquanto o Ministério da Educação está intocável. O problema é generalizado".

É a segunda denúncia de vazamento da prova do Enem na mesma região. Na terça-feira (23), a Polícia Federal de Juazeiro (BA), município vizinho a Petrolina, indiciou um casal por suspeita de vazamento do tema da redação do exame.

Segundo a investigação da PF, os professores Eduardo Ferreira Affonso e Marenilde Brito Affonso confessaram que passaram o texto motivador da redação do Enem duas horas antes do exame para o filho deles.

Eles podem ter pena de até seis anos por violação de sigilo funcional.

O Ministério Público Federal no Ceará afirma que já solicitou à Polícia Federal em Juazeiro (BA), responsável pelas investigações sobre vazamentos na região, um relatório sobre o novo caso.

A Procuradoria afirma que vai anexar esse relatório à ação que pede a anulação do exame e que continua a tramitar na Justiça Federal no Ceará.

O pedido foi feito no dia 10 de novembro e está sendo analisado pela juíza Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal do Ceará.

A juíza Maia havia havia concedido a liminar que suspendeu o exame, em 8 de novembro. A decisão acabou sendo derrubada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria.

A Polícia Federal em Juazeiro e em Brasília foi procurada pela reportagem, que foi informada que não havia ninguém que pudesse comentar o caso.

A Folha também tentou, mas não não conseguiu falar com a PF em Salvador.






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