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Quarta - 24 de Novembro de 2010 às 21:25

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O Ministério Público entrou com ação na justiça pedindo a devolução dos R$ 44 milhões de reais em razão da compra superfaturada de caminhões e tratores feita pelo Governo do Estado no início do ano. Hoje, o exsecretário de infra estrutura respondeu a acusação de ter montado o esquema fraudulento.

Na ação civil pública são citados os principais personagens do escândalo. O ex secretário de Infraestrutura, Vilceu Marchetti, servidores públicos e empresários.

O Ministério Público tomou a decisão com base na investigação da Polícia Civil e também no depoimento do empresário Pérsio Priante, dono de uma das empresas que participaram da concorrência sob suspeita.

Pérsio, em depoimento, disse que o empresário Rui Denardim, proprietário da Mônaco Díesel, se reuniu com agentes do Governo do Estado para acertar as propostas de preços.

Segundo Pérsio Priante "o pessoal do governo estava exigindo pagamento de 10% para efetivar a compra", e que a negociação teria sido efetuada com acompanhamento e orientação do então secretário, Vilceu Marchetti.

Pérsio contou ao Ministério Público que foi chamado por Vilceu Marchetti e na ocasião foi solicitado pagamento dos cinco por cento solicitado.

O empresário confirmou em parte o que havia dito a TV Centro América em abril.

"Quem conversou comigo foi o Eder Moraes e o Vilceu Marchetti, que o Governo teria comprado mal esses caminhões, e solicitava se eu pudesse devolver o dinheiro pago pelos juros, ele falou em cerca de R$ 800 mil", disse o empresário.

Pérsio Briante se transformou numa das principais testemunhas desse caso. Tanto que não foi indiciado pela polícia. Segundo as investigações, Vilceu Marchetti montou a licitação, fez contatos com os empresários.

Walter Sampaio - ex superintendente da secretaria de Infraestrutura - de acordo com as investigações - era auxiliar de Marchetti e participou de todas os atos. Ele ainda teria agido para dificultar as investigações.

A polícia pediu à justiça a prisão de Walter Sampaio e do ex secretário de Infra estrutura. Vilceu Marchetti , por telefone, rebateu a acusação de ter comandado o esquema.

"Que mentor é esse? Eu fui nas empresas e peguei todos os documentos por escrito de todas elas, quanto é que custa a máquina, os caminhões e porque o preço de referência estava abaixo do preço. Não me considero culpado em hipótese nenhuma", disse Marchetti.

Ele falou que a Secretaria de Administração tinha conhecimento de tudo que foi feito. "É quase uma central de compra, que é a Secretaria de Administração (SAD), tudo é comprado pela SAD". Eu não comprei nada. Eu só fiz o contrato e comprei quando a SAD me autorizou.

Mas, a polícia não encontrou provas do envolvimento do ex secretário de administração que foi investigado, mas não foi indiciado.

"Eu abro meu sigilo, do meu filho, da minha família , de quem quer que seja. Eu não tenho culpa nenhuma"!, disse.





Fonte: TVCA

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