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Quinta - 21 de Outubro de 2010 às 07:21

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Foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União a demissão de seis agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Mato Grosso por envolvimento em esquemas de exploração de madeira ilegal no Estado, o que foi desmantelado pela Operação Termes, da Polícia Federal (PF), em 2008. Além deles, outros três foram presos na época por envolvimento no esquema. Dois haviam sido demitidos anteriormente e um outro está com o caso ainda sob análise.

Após o processo administrativo da PRF, Nelson Roberto de Souza Corvoisier, Celso Willians Monteiro Rocha, Odilon de Brito Filho, Marcos Antônio Lima de Farias, Gilson de Abreu Ballesteros e Mário Tadeu Pinto de Souza agora perdem o título de policiais rodoviários. Os seis foram presos em 2008 junto a outras 55 pessoas envolvidas no esquema criminoso. Eles figuravam como responsáveis por liberar – mediante propina – cargas de madeiras retiradas ilegalmente no Estado. Eles não eram os únicos funcionários públicos envolvidos: havia também policiais civis, militares, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), que tiveram prisões preventivas (cinco dias) decretadas. Ao todo, eram 29 funcionários públicos.

Para descobrir todo o esquema, o Departamento de Inteligência da PF levou cerca de um ano e descobriu que havia três núcleos autônomos, sendo que a advogada Silvana Moraes Valente seria a chefe. Desvendou-se que funcionários da Sema expediam irregularmente autorizações para manejo e deixavam de aplicar multas. Os funcionários do Indea adulteravam a classificação da madeira extraída, de comercialização proibida. Por último, contavam com os agentes da PRF, que faziam “vista grossa” para as cargas irregulares, chegando a cobrar cerca de R$ 500 por carga.

Segundo o corregedor da PRF em Mato Grosso, Adinei de Souza, todos os seis demitidos do Departamento tiveram ampla chance de defesa nos processos administrativos e ainda podem recorrer na Justiça. Ele fez questão de enfatizar que a PRF está de olho constante e que a Corregedoria se faz presente por meio de orientações frequentes para evitar casos de desvio de conduta, que não serão aceitos.

Adinei também esclareceu que um outro agente, Edson Sanábria, teve sua demissão publicada na mesma edição do Diário. Entretanto, Sanábria não esteve envolvido no mesmo esquema da operação Termes, embora tenha incorrido nas mesmas práticas ilegais e no mesmo ano, permitindo passagem de cargas de madeira ilegal em Pontes e Lacerda.






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