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Agronegócios
Quarta - 21 de Agosto de 2013 às 17:31

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A decisão da mineradora russa de potássio Uralkali de abandonar a parceria de vendas que mantinha com a Belaruskali, da Bielo-Rússia, foi precipitada e inédita, disse o executivo-chefe da Belaruskali, Valery Kiriyenko. As duas companhias formavam a Belarusian Potash Co. (BPC), que, junto com a Canpotex, da América do Norte, comandava dois terços de um mercado de quase US$ 22 bilhões.


 
A decisão da Uralkali, anunciada no mês passado, derrubou as ações das maiores empresas de potássio do mundo e representou, na prática, o fim de um cartel no setor.


 
"A decisão é inédita na indústria e, em nossa opinião, precipitada. Foi arquitetada para satisfazer as ambições pessoais dos acionistas (da Uralkali)", disse Kiriyenko.


 
Segundo o executivo, a Belaruskali não pretende retomar sua relação com a Uralkali enquanto a ex-parceira estiver sob a administração atual. Além disso, a empresa bielo-russa quer negociar de forma independente com seus clientes a partir de agora.


 
"Recebemos um convite da China para negociar um novo contrato em setembro", disse. Em janeiro, a China concordou em comprar até 1 milhão de toneladas de potássio da BPC no primeiro semestre de 2013, a US$ 400 por tonelada. O país asiático é o maior comprador mundial do insumo, utilizado na produção de fertilizantes.


 
Quando a Uralkali anunciou o fim da parceria, no final de julho, previu uma queda de 25% nos preços de potássio, para US$ 300 a tonelada. Segundo Kiriyenko, o efeito não deve ser tão drástico. "Não há um produtor que consiga, sozinho, mudar a situação do mercado."


 
As declarações de Kiriyenko podem ser um mau sinal para produtores da América do Norte, como a Potash Corp. of Saskatchewan, membro da Canpotex. Essas empresas vêm tentando convencer seus investidores de que haverá uma reconciliação entre a Uralkali e a Belaruskali, e o restabelecimento do sistema de cartel que vem dominando o setor há décadas. Fonte: Dow Jones Newswires.





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