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Cidades/Geral
Sexta - 13 de Agosto de 2010 às 14:18
Por: Laura Petraglia

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"Vou reconquistar meu espaço e fazer tudo que eu puder para vencer. Nunca é tarde para recomeçar, nunca é tarde pra ser vitorioso”, emocionou-se o reeducando Jailton Correa Oliveira, um dos quatro que na manhã desta sexta-feira (13.08) começaram a trabalhar nas obras de construção da Arena Multiuso Pantanal, ao receber sua carteira de trabalho assinada, das mãos do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, durante solenidade ocorrida no local das obras.

Mato Grosso é oficialmente o primeiro Estado a pôr em prática o acordo de cooperação assinado entre Estados das cidades-sede da Copa de Futebol Fifa Brasil 2014, o Conselho Nacional de Justiça, FIFA, e o Ministério do Esporte, que visa a reinserção social de presos, egressos, cumpridores de pena e medidas alternativas, bem como de adolescentes em conflito com a lei, por meio de profissionalização e do trabalho nas obras da Copa do Mundo 2014.

O acordo prevê que 5% da mão-de-obra empregada no setor da construção voltado para Copa, deva ser oriunda do Sistema Penitenciário (presos do regime aberto e semiaberto). Para o diretor de infraestrutura da Agência Executora das Obras da Copa do Mundo no Pantanal (Agecopa), Carlos Brito, disse que a inserção destes quatro primeiros no trabalho é um marco da ressocialização para Mato Grosso e para o Brasil. “Não temos pena de morte no país justamente por acreditarmos que as pessoas merecem uma nova chance. Hoje, aqui, o que oferecemos para esses reeducandos é uma nova chance de se reinserirem na sociedade, nas suas famílias e de serem felizes”, disse.

O secretário Diógenes Curado lembrou que a Fundação Nova Chance (Funac), instituição ligada à Sejusp que cuida da parte de profissionalização e reinserção dos reeducandos do Sistema Penitenciário de Mato Grosso, realizou todo o processo de triagem das pessoas aptas a trabalharem no canteiro de obras da Copa. “Hoje, quatro reeducandos foram inseridos, mas, conforme a demanda for aparecendo, outros serão destinados ao trabalho. Já cadastramos cerca de 25 presos prontos para o trabalho”, informou

Todos os reeducandos empregados terão carteira assinada e receberão como salário, um salário mínimo. Jailton, apenado em 11 anos de prisão por tráfico de entorpecentes, exibia feliz sua carteira de trabalho, e disse que com o dinheiro do seu trabalho vai tentar melhorar a vida dos dois filhos, que moram na Bahia. “Eu errei e ainda estou pagando pelo meu erro, mas agora tenho uma nova chance de vida, que vou agarrar com unhas e dentes para poder dar um futuro melhor para os meus filhos”, finalizou.






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