Logo na primeira pergunta da entrevista coletiva desta quinta-feira, o técnico Dunga precisou falar sobre a vitória brasileira sobre os holandeses na Copa de 1998. A partida terminou empatada em 1 a 1 e o Brasil só se classificou para a decisão, diante da França, após levar a melhor na disputa de pênaltis.

A curiosidade é que ele, assim como na conquista do tetracampeonato mundial, nos Estados Unidos, foi o responsável justamente pela última cobrança da equipe. Em ambas, o então volante superou a pressão e marcou o gol.

"Foi um lance em que eu tinha que reconfirmar tudo que já havia feito em 94. Caso contrário, iam dizer que só converti o de antes por sorte", declarou o treinador, lembrando a dificuldade daquele jogo. "Muito emocionante, decisivo, foi para a prorrogação. Marcou um dos últimos jogos que fiz pela seleção e acho que tive um bom resultado, né. Cheguei em duas finais: uma para ser campeão e outra para ser vice", concluiu, sem mencionar a campanha de 1990, quando o Brasil saiu nas oitavas de final.

Dunga também falou sobre a polêmica bola da Copa, a Jabulani. "Ela tem uma trajetória muito complicada, se move muito, sem uma direção precisa, e com o vento [previsto para o momento da partida desta sexta] deve dificultar ainda mais. Aí, sem dúvida nenhuma, a qualidade dos jogadores é que vai fazer a diferença. Parece como se fazia antigamente, quando se tirava o couro da bola e se jogava só com a parte interna".

Brasil e Holanda se enfrentam às 11h, pelas quartas de final do Mundial sul-africano.