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Segunda - 24 de Maio de 2010 às 07:54

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A suposta quadrilha "esquentava" madeira ilegal extraída de Mato Grosso (MT) falsificando licenciamentos e planos de manejo florestal para áreas devastadas. Para isso, seus integrantes usavam imagens de satélite de outras propriedades ou fotografias antigas, simulando a existência de floresta em pé.

 

Dessa forma, com base em informações falsas, a quadrilha conseguia créditos ambientais - o passe livre para legalizar a madeira que era retirada ilegalmente de cerca de 100 áreas indígenas e 20 unidades de conservação ambiental.

Os laudos falsos seriam feitos por engenheiros florestais. Servidores presos são acusados de fazer vista grossa aos documentos irregulares e liberar os créditos em uma velocidade acima do normal. Geralmente, o processo de concessão demora cerca de um ano, mas, nos casos analisados, era preciso esperar entre 30 e 60 dias para a obtenção da licença.

Áreas afetadas. Entre as regiões prejudicadas pela extração ilegal de madeira estão o Parque Indígena do Xingu, o Complexo dos Cintas Largas e a área Indígena Caiabi. De acordo com a Polícia Federal, não há indícios de envolvimento de índios na quadrilha mato-grossense.

As investigações começaram a partir de informações obtidas em outras duas operações da PF que também envolviam a extração de madeira ilegal: Caiabi, de 2006, e Mapinguari, de 2007. Depois dessas operações, 65 áreas desmatadas passaram a ser periciadas para que a diferença entre o que constava nos laudos e a realidade fosse comprovada.

Segundo a polícia, o grupo atuava há pelo menos dois anos na região. Durante esse período, a quadrilha extraiu cerca de R$ 900 milhões em madeira ilegal - o que equivale a 1,7 milhão de metros cúbicos de madeira.






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