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Quinta - 25 de Março de 2010 às 14:16
Por: Rosana Vargas

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Cuiabá (MT), 25 de março de 2010 – Pelo segundo ano consecutivo o índice de vacinação contra febre aftosa atingiu 100% do rebanho bovino na área de vigilância da linha internacional, que compreende a faixa de 15 quilômetros da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. Foram 83.980 mil cabeças de animais de zero a 12 meses imunizadas, o que representa 22,15% do rebanho total dessa área, que possui 379.100 mil cabeças . Em 2003, o índice foi de 86,8% e só em 2009 os 100% de imunização foi registrado. O período de vacinação foi de 1º a 28  de fevereiro, nos municípios de Cáceres, Porto Esperidião e Vila Bela da Santíssima Trindade.

O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Décio Coutinho, que fez o comunicado dos resultados dessa etapa de vacinação, disse “o próprio setor produtivo foi que definiu, estrategicamente, a necessidade de continuar com a vacinação nessa faixa com a fronteira com a Bolívia, por terem consciência que é preciso tratamento diferenciado”. Coutinho lembrou que desde o ano passado Mato Grosso passou a ter apenas duas etapas de vacinação contra a febre aftosa, uma em maio para animais de 0 a 24 meses e outra em novembro para animais de todas as faixas etárias. A fronteira com a Bolívia, por ser área considerada de instabilidade e vulnerabilidade sanitária para o gado brasileiro, ficou definida pelos pecuaristas, que as três etapas de vacinação continuariam. “Tanto assim, que as doses de vacina são custeadas pelos produtores de todo Mato Grosso, através de sindicatos e outras associações do setor, e não só pelos pecuaristas da região de fronteira”, explicou o presidente do Indea.

O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso - Acrimat, Luciano Vacari, ressaltou que o resultado dessa etapa de vacinação na fronteira “mostra o grau de maturidade e conscientização do pecuarista, somado ao engajamento técnico do Indea, responsável pela aplicação da vacina”. Vacari disse que nessa faixa existem 235 propriedades rurais “e o trabalho junto aos produtores tem sido forte, não só por parte da Acrimat e da APR (Associação dos Produtores Rurais), mas principalmente da sensibilidade dos gestores do Indea”.

A preocupação de Mato Grosso é grande com relação ao país boliviano, pois foi desmontado o serviço de defesa sanitária daquele país e as constantes enchentes na região. “A Acrimat encaminhou ofício a diversas entidades públicas e privadas, alertando da necessidade de uma atenção maior nessa aérea topograficamente sensível a alagamentos e com necessidades de movimentação de grande quantidade de animais. Isso coloca em risco todo rebanho mato-grossense, que está livre da febre aftosa há mais de 15 anos”, comunicou Luciano Vacari.






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