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Politica MT
Quinta - 25 de Março de 2010 às 11:02
Por: Flávia Borges

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   A uma semana de deixar o comando do Estado para disputar uma cadeira no Senado, o governador Blairo Maggi (PR) reuniu a imprensa num café da manhã nesta quinta (25) no Palácio Paiaguás para fazer uma espécie de balanço dos mais de 7 anos em que está no cargo. “Preciso de pelo menos 30 dias para distinguir o ex-governador e o Blairo Maggi”, diz o republicano, numa referência à dificuldade que deve encontrar para assumir o posto de ex-chefe do Executivo. Ele deixa o cargo no próximo dia 31 e passa o “bastão” ao vice Silval Barbosa (PMDB).

   Maggi não “economizou” sorrisos e atenção aos jornalistas e fez questão de responder aos questionamentos da imprensa. Mesmo assim, quando perguntado sobre política, o governador manteve o discurso comedido de sempre. “Meu projeto agora é o Senado. Não tenho outros horizontes. Em toda a minha história, nunca repeti qualquer função. Nunca mais serei governador”, assegurou. O republicano garante que conseguiu cumprir diversas metas e reconhece que em outras não houve o investimento necessário. “Consolidamos coisas importantes, cumprimos as metas fiscais, ambientais e sociais. Fizemos muito pela infraestrutura, mas reconheço que ainda há um grande gargalo, especialmente em relação às rodovias federais”, disse.

   O governador, que apóia o vice Silval rumo a sua sucessão, afirmou que os três pré-candidatos ao governo até agora são excelentes. Além do peemedebista, já tornaram público o desejo de entrar na disputa o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), e o empresário Mauro Mendes (PSB), ex-aliado de Maggi e que resolveu deixar o PR após perceber que não teria o apoio da turma da botina na “briga” pelo Paiaguás. “Acredito que teremos um segundo turno. O que não pode acontecer é descer o nível, porque assim eles (candidatos) perdem o respeito da sociedade”, avalia Maggi.

   Sobre seu possível adversário nas urnas, Pedro Taques, que oficializou nesta quarta (24) sua saída do Ministério Público Federal para tentar uma cadeira no Senado nas eleições deste ano, Maggi garante que quanto mais candidatos disputarem, melhor será para que a população possa avaliar as propostas de cada um. “Todo cidadão tem o direito de tentar um cargo eletivo. Cabe à população discernir cada proposta”. O governador, que já foi considerado um dos maiores inimigos dos ambientalistas, hoje ocupa o posto de “queridinho” do setor. Para se consolidar de vez, Maggi promete que, caso seja eleito senador, lutará pela implementação de ações voltadas à regularização fundiária e ao meio ambiente.

   Já sobre a possibilidade de assumir um Ministério caso Dilma Rousseff (PT), ministra-chefe da Casa Civil, vença as eleições para a Presidência da República, Maggi desconversa. “Seria muita soberba cogitar essa possibilidade antes mesmo dela vencer”.

   Favorito na disputa por uma cadeira no Senado, conforme pesquisa de intenção de votos realizada pelo instituto Mark, o republicano afirma que recebeu propostas de diversos políticos mato-grossenses interessados em entrar na “briga” este ano como seu suplente. Maggi nega que tenha fechado acordo e diz que o prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), ainda não oficializou a intenção. O governador demonstrou preocupação com a possibilidade de Murilo deixar a prefeitura com a intenção de ser seu suplente. “Eu não quero fechar com ninguém agora, porque assim eu perderia a liberdade de tomar decisões no futuro”. (Com Patrícia Sanches)





Fonte: RD News

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