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Internacional
Domingo - 21 de Fevereiro de 2010 às 06:29

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AP
Carro foi destruído por árvores e pedras, em Funchal, na Ilha da Madeira
Carro foi destruído por árvores e pedras, em Funchal, na Ilha da Madeira

O governo regional da Ilha da Madeira, território de Portugal, anunciou neste domingo que o número de mortos por causa do temporal que atingiu o arquipélago chegou a 38, e admitiu que poderia haver mais vítimas fatais.

O secretário regional de Assuntos Sociais, Francisco Ramos, declarou aos meios de imprensa portugueses que o número de vítimas ainda pode aumentar e explicou que o governo regional "está à espera dos equipamentos especializados de resgate que vêm do continente".

Devido ao temporal deste sábado foram registrados pelo menos 101 feridos. Pelo menos 250 pessoas estão desabrigadas e o número de desaparecidos ainda é incerto.

As autoridades regionais e os corpos de segurança informaram que diversos povoados da ilha estão debaixo d"água, sem luz ou telefone e com dezenas de quilômetros de ruas e estradas bloqueados devido à intensidade das chuvas, as piores a cair na região em 40 anos.

Após as intensas chuvas deste sábado, que começaram de madrugada e só deram trégua no final da tarde, e as registradas nos últimos meses, a população teme deslizamentos de terra.

As enchentes amontoaram veículos, troncos de árvores e pedras em muitas regiões do arquipélago. Há o receio de que os corpos de pessoas dadas como desaparecidas possam ter sido arrastados pela água.

Os bombeiros, a polícia e as companhias de telefone e de energia elétrica organizaram equipes de emergência para tentar restabelecer o contato com zonas povoadas da Madeira que continuam completamente isoladas.

Segundo a imprensa local, equipes de mergulhadores estão sendo organizadas para buscar na baía de Funchal possíveis vítimas entre os automóveis arrastados pelas enchentes.

O presidente do governo regional do arquipélago, Alberto João Jardim, declarou que foram organizados alojamentos de emergência e o fornecimento de alimentos e roupas para as famílias que tiveram que abandonar suas casas.

Segundo os serviços de meteorologia, não chovia tanto na Madeira desde 1969. A previsão para os próximos dias é de chuvas menos intensas.

Diante da grave situação na ilha, o presidente português, Aníbal Cavaco Silva, apelou à "solidariedade nacional" para ajudar à Madeira e "reconstruir um mundo que foi destruído".

O primeiro-ministro português, José Sócrates, anunciou que pretende viajar para Funchal assim que o tempo permita. O aeroporto local foi fechado devido a ventos de até 100 km/h.

 





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