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Economia
Quinta - 11 de Fevereiro de 2010 às 10:44
Por: Mariana Londres

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As compras de fim de ano e as contas extras de janeiro – matrícula, material escolar e taxas como IPTU e IPVA – foram responsáveis pelo aumento da taxa de inadimplência no comércio, que cresceu 5,67% em janeiro com relação a dezembro do ano passado. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (11) pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) em conjunto com o SPC/Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

No entanto, na comparação com janeiro de 2008, houve queda de 3,14% no total de devedores. O dado mostra melhor a diminuição na inadimplência, tendo em vista que dezembro é um mês atípico para o comércio - por contas do aumento nas vendas de Natal - segundo Roberto Alfeu, presidente do SPC/Brasil.

- É importante comparar janeiro com janeiro do ano anterior, porque o mês de dezembro é diferente de todos os outros. Outra questão que é importante lembrar é que a dívida que não foi paga em janeiro foi feita em novembro. Mas as compras de fim de ano e o comprometimento da renda em janeiro influenciam no aumento da inadimplência porque o consumidor fica sem o dinheiro para pagar a dívida contraída em novembro.

O número de consultas ao SPC/ Brasil para pagamentos a prazo e em cheque teve queda de 25,83% na comparação de janeiro com dezembro. Na comparação com janeiro de 2009, houve alta de 7,11%. O número de consultas reflete o movimento do comércio, e a queda pode ser explicada pelo grande movimento registrado nos meses de dezembro.

- O aumento nas vendas a prazo de 7,11% é significativo e pode ser explicado pela crise. No ano passado, com a insegurança todo mundo evitou as compras a prazo. O indicador de agora mostra que o consumidor voltou a ter confiança, e mostra o aumento da renda também. Isso era previsível, o que achamos é que agora há segurança das pessoas em assumir dívidas principalmente de longo prazo.

O maior número de inadimplentes em janeiro ficou nas faixas acima de R$ 100 (54,1% dos registros). A concentração em valores mais altos pode ser explicada, segundo a CNDL, pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em móveis e eletrodomésticos. O incentivo teria facilitado a compra de bens de maior valor.





Fonte: do R7

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