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Polícia Brasil
Quinta - 30 de Julho de 2009 às 07:40

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A Polícia Federal cumpriu ontem, em Mato Grosso, um mandado de busca e apreensão como parte da Operação Ártico, deflagrada por uma equipe do interior de São Paulo para prender uma quadrilha de contrabando. Conforme a PF, o grupo agia em diversos estados e funcionários da Receita Federal, parceira na ação, faziam parte do esquema. A operação foi deflagrada ainda em São Paulo, Rondônia e no Espírito Santo.

A PF disse que quadrilha contrabandeava mercadorias mediante a criação de importadoras de fachada, com a ajuda de auditores-fiscais, mediante ao pagamento de propina para registrar as empresas nos sistemas de controle do Comércio Exterior da Receita Federal. Ao todo, foram expedidos 25 mandados de prisão e 56, de busca e apreensão para 16 cidades.

A polícia explicou que a organização criminosa era composta de pessoas físicas e jurídicas, as últimas, divididas em empresas “ostensivas” – criadas para justificar a ocupação e a renda dos criminosos – e em empresas “dissimuladas” – abertas em nome de “laranjas”, subdividindo-se em empresas de fachada, de aluguel e fantasmas, estas utilizadas para contrabandear mercadorias, sonegando os tributos incidentes sobre as transações, num grande esquema de “lavagem” de dinheiro.

“Na organização criminosa há várias ‘células’ que possuem contornos bem definidos e que se relacionam entre si apoiando-se mutuamente, numa relação de simbiose, apresentando zonas de intersecção e interesses comuns”, diz a PF em nota.

Os investigadores identificaram os chamados facilitadores, partes do esquema especializadas em montar empresas de fachada e abrir contas bancárias, que eram vendidas ou alugadas a outros interessados para prática de crimes – lavagem de dinheiro e interposição fraudulenta em importações. Na abertura das empresas era onde apareciam os auditores-fiscais da Receita Federal.

Os trabalhos foram coordenados pelo delegado Victor Hugo Rodrigues Alves, da delegacia de Ribeirão Preto, mas as investigações estão concentradas na cidade de Jales, também interior paulista. (Com assessoria)





Fonte: Diário de Cuiabá

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