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Politica Brasil
Quinta - 02 de Julho de 2009 às 11:48
Por: Patrícia Sanches

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Em sua primeira aparição pública após ter prisão temporária decretada e, em seguida, conseguir revogá-la, o ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Lutero Ponce (PMDB), “jurou” ser inocente das acusações de que teria provocado rombo superior a R$ 7,5 milhões e defendeu com “unhas e dentes” os cinco servidores em cargos comissionados que foram denunciados pela Delegacia Fazendária. Em entrevista coletiva nesta quinta, momentos antes do início da sessão, Lutero isentou de culpa os outros cinco empresários apontados como participantes do esquema, no qual ele seria o mentor na condição de presidente do Legislativo. Avisou que, por mais que ocorra pressão popular, não vai renunciar ao mandato.

"Confio em todos os servidores acusados. Eles (servidores) foram indicação pessoal minha. Tenho total confiança neles”, afirmou o parlamentar, demonstrando tranquilidade e, em determinado momento, agindo até com ironia e sorriso sarcástico. Lutero apresentou ainda uma lista com as chamadas despesas fixas da Câmara. Segundo a planilha apresentada por ele, mensalmente o Legislativo contava com despesas de R$ 1,3 milhão para um duodécimo de R$ 1,6 milhão. Esses gastos seriam referentes à folha de pagamento e a despesas com água, energia elétrica, lanches para as sessões, locação de sistemas de informática e limpeza em geral. “Seria humanamente impossível desviar R$ 7,5 milhões. Eu não fiz isso, nunca ganhei dinheiro com a política. Tudo isso é um verdadeiro equívoco”, se defendeu Lutero, que comandou a Câmara de 2007 a 2008.

Apesar de enfatizar que toda a investigação da Delegacia Fazendária "está errada", já que nenhum esquema de fraudes ocorreu durante sua gestão, o parlamentar se mostrou resistente à abertura de uma Comissão Processante pela Câmara.“Para isso existem os órgãos competentes. Eu acho que os trabalhos no Legislativo devem continuar normalmente. Sem investigações”, ponderou Lutero para, em seguida, completar, “mas quem decide isso são os vereadores”.

Questionado sobre o seu paradeiro durante o período em que foi considerado “foragido” da Justiça, o parlamentar disse que estava na Chácara de um amigo, mas não quis revelar onde e quem seria o amigo. “Prefiro preservar o local e o nome desse meu amigo”. Ainda segundo relatou o peemedebista, a sua viagem a descanso coincidiu com a data em que a Justiça expediu mandado de prisão contra ele. “Eu sempre viajo. Não estava fugindo da polícia, apenas não estava em casa”. Lutero disse que telefonou para seu advogado Paulo Taques, que o orientou a não retornar até esta quarta.

"Ele (Paulo) me disse que tentaria uma habeas corpus e que era para eu esperar. Se não conseguisse eu iria me apresentar à Justiça do mesmo jeito. Não estava fugindo". Após a coletiva, Lutero foi para a sessão como se não tivesse acontecido. Disse que o clima deve continuar sem conflitos entre ele e os demais vereadores, com exceção do presidente da Mesa Diretora, Deucimar Silva (PP), responsável pelo cerco que se fecha contra Lutero.





Fonte: RD News

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