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Politica Brasil
Quinta - 02 de Julho de 2009 às 10:02
Por: Nadja Vasques

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O fitoterápico "cura tudo" Gotas do Zeca está entre 7 produtos que tiveram a fabricação, distribuição, comércio e uso suspensos ontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O fitoterápico é fabricado, embalado e distribuído de Mato Grosso para todo o país, como constatou a Polícia Federal durante a operação "Drágea", deflagrada em maio deste ano para impedir a venda de produtos irregulares no Estado.

De acordo com a Anvisa, a suspensão dos produtos é definitiva e tem validade imediata. Para o usuário que já tiver adquirido algum produto dos lotes suspensos (o número do lote é impresso na embalagem), a Anvisa orienta que o uso deve ser interrompido imediatamente.

O indício mais forte de que as Gotas do Zeca são fabricadas em Mato Grosso foi o fechamento, em 21 de maio, da fábrica de embalagens do fitoterápico, com a apreensão de mais de 200 mil frascos do produto. Os equipamentos da fábrica, que funcionava em Várzea Grande, também foram apreendidos pela Anvisa.

As Gotas do Zeca, vendidas em feiras livres de todo o país, contêm apenas xarope de sacarose (água com açúcar) e extrato de plantas, segundo análise laboratorial da Anvisa. Mas promete, de acordo com o rótulo, ser a solução para todas as "moléstias do intestino, estômago e fígado", como tonteiras, cólicas abdominais, desarranjo intestinal, cólicas hepáticas, excesso de peso e dor de cabeça.

Durante a operação "Drágea", o delegado da Polícia Federal e chefe do setor de inteligência da Anvisa, Adílson Bezerra, declarou que o processo de fabricação até a venda das Gotas do Zeca era conduzido por uma organização criminosa, instalada em Cuiabá, que havia setorizado as atividades de fabricação de embalagens, envasamento e distribuição do fitoterápico para driblar a fiscalização.

Riscos - A ingestão de medicamentos sem registro junto à Anvisa pode causar de uma alergia até a morte do paciente. No caso das Gotas do Zeca, a Anvisa alerta para o fato do fitoterápico ser composto de água com açúcar. Se ingerido em grandes quantidades por um diabético, por exemplo, pode matar. Outro problema é que, sem registro não há fiscalização, sequer da água usada como princípio ativo básico do produto, que pode estar contaminada com fezes.





Fonte: A Gazeta

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