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Economia
Sexta - 01 de Agosto de 2008 às 08:04

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O aumento de 10% para 18% na tarifa de exportação da farinha de trigo na Argentina não afetou ainda, a aquisição do produto por parte das panificadoras de Mato Grosso provenientes daquele País. A constatação é do presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação do Estado (Sindipan), Luiz Garcia. Ele afirma que até a segunda-feira (4), as indústrias estaduais não terão sentido os reflexos da majoração do tributo do país vizinho para a venda externa.

A nova alíquota está em vigor desde o dia 28 de julho, a partir da resolução 125, divulgada pelo governo argentino. Em novembro do ano passado, a Argentina aumentou de 20% para 28% a tarifa para o grão de trigo, o que causou preocupação por parte das indústrias brasileiras e forçou o governo federal a adotar medidas para controlar o aumento do pão ao consumidor final, pelo menos até o final do ano.

Segundo Garcia, que é proprietário da panificadora Vovó Hélide, em Cuiabá, em conversa realizada ainda ontem com um intermediário para compra de trigo na Argentina, ainda não se comentou sobre as consequências do aumento na tarifa de exportação, o que segundo ele não deve afetar imediatamente a indústria mato-grossense. "A oferta de trigo está normalizada em Mato Grosso e a Argentina não é o único mercado fornecedor para a indústria, que está comprando de outros países como Estados Unidos, Canadá e Espanha".

No final de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinou medida provisória que reduz os custos da produção do trigo e do pão. A mudança que mais agradou o setor, conforme Garcia, foi a isenção do PIS e Cofins até o final de 2007, para o trigo in natura, farinha e pão francês. O imposto tem uma alíquota de 9,25%. Além disso, o governo barateou em até 25% o custo do frete para o transporte do produto importado dos Estados Unidos e Canadá para compensar a falta do produto argentino.

De acordo com Garcia, a produção nacional é de aproximadamente 4 milhões de toneladas anualmente, sendo que o consumo é gira em torno de 10 milhões/t ao ano, o que equivale a uma importação de 6 milhões/t todos os anos para atender a demanda. "Mato Grosso compra 100 mil toneladas por ano, sendo 60% da Argentina e 40% de outros países".





Fonte: A Gazeta

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