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Economia
Quinta - 31 de Janeiro de 2008 às 07:50

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Mato Grosso e outros cinco Estados brasileiros estão proibidos de exportar carne bovina in natura à União Européia até que técnicos europeus façam a reauditoria nas propriedades aptas a vender para aqueles países. Em 2007 as exportações estaduais ao bloco foram realizadas por oito frigoríficos e somaram 79,918 mil toneladas, o que corresponde a 35% do total de 228,339 mil (t) enviadas ao mercado externo, por 35 estabelecimentos.

O anúncio do embargo foi feito ontem pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Inácio Kroetz, ao explicar que a pasta não poderá emitir a partir de amanhã o Certificado Sanitário Internacional (CSN) para as exportações deste tipo de produto. Na segunda-feira (28), ele entregou, em Bruxelas, a lista das fazendas a serem reabilitadas, mas a UE rejeitou.

Para tentar amenizar o problema o Mapa vai antecipar o envio da lista final para o dia 15 de fevereiro, antes programada para 15 de março. Sem o certificado nenhuma carne pode ser exportada ao bloco, o que na prática suspende a comercialização do produto. A partir de amanhã, conforme exigências feitas pela UE à importação da carne brasileira, o certificado será modificado. Além de descrever o produto, deverá incluir o nome da propriedade brasileira autorizada a vender ao bloco. "A lista deveria ser publicada no Diário Oficial da União Européia hoje, mas como eles não aprovaram a que enviamos, não tem como colocar esta informação no certificado e, consequentemente, as exportações serão interrompidas temporariamente".

Kroetz explica que o embargo é motivado por uma questão técnica e não sanitária, pois não foram encontradas inconformidades que comprometem a qualidade do produto. "Uma delegação européia virá ao Brasil no próximo dia 25 para auditar as propriedades vistoriadas pelo serviço oficial brasileiro". A antecipação do envio da lista geral visa promover o fim do embargo.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Otoni Prado, o embargo temporário às exportações estaduais vai acarretar em prejuízos à produção local, já que a UE é um dos principais compradores da carne bovina mato-grossense.





Fonte: Gazeta Digital

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