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Quarta - 22 de Maio de 2013 às 07:19
Por: LORENA BRUSCHI

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Denúncia contra o secretário de Saúde, Kamil Fares, será levada ao Ministério Público Estadual
Denúncia contra o secretário de Saúde, Kamil Fares, será levada ao Ministério Público Estadual
Uma denúncia encaminhada ao Ministério Público do Estado (MPE) pelo vereador por Cuiabá Ricardo Saad (PSDB) sobre suposto nepotismo e favorecimento na Secretaria Municipal de Saúde, comandada por Kamil Fares, resultou na exoneração de duas funcionárias da Pasta. 

Conforme o vereador, que preside a Comissão de Saúde na Câmara de Cuiabá, o secretário teria empregado, há cerca de dois meses, sua nora, Sara Reiche, que exercia o cargo de gerente da clínica de odontologia do bairro CPA III; sua enteada, Marina Rizotto Corrêa, lotada como dentista na unidade de saúde da Estrada da Guia; e Natasha Barbosa, que também seria ligada à sua família. 

“Vou encaminhar a denúncia ao Ministério Público e gostaria que o nosso prefeito, Mauro Mendes (PSB), prestasse atenção nas pessoas que estão trabalhando com ele. Há um favorecimento, sem dúvida, pessoal em cima deste caso”, alertou o vereador. 

No caso de Natasha Barbosa, além do suposto parentesco, haveria um favorecimento financeiro. Ela está lotada no Programa de Saúde da Família (PSF) do bairro Pedra 90. 

Conforme a acusação, ela recebe remuneração de R$ 5.620 mensais para atendimento odontológico – assistência não-prevista no quadro de serviços oferecidos pela unidade. Além disso, o salário base de dentistas da rede municipal é de R$ 1.238. 

Saad afirma que a denúncia partiu de pessoas que trabalham nas unidades de saúde. Servidores teriam entregado a ele a documentação que comprovaria as supostas irregularidades apontadas. 

Em nota, o prefeito Mauro Mendes (PSB) informou que, assim que soube do caso, determinou a imediata exoneração das funcionárias Sara Reiche e Marina Pizotto Correa, até que o caso seja devidamente esclarecido. 

Segundo o procurador-geral do município, Rogério Gallo, foi aberta uma sindicância para conferir a situação funcional de Natasha Barbosa. Ela não foi exonerada de imediato porque não foi identificado, no primeiro momento, nenhum parentesco entre ela e o secretário. 

“A Procuradoria já está investigando o caso. Tomamos conhecimento neste momento e pedimos para abrir uma sindicância. O próprio secretário declarou que não a conhece, mas o problema é que não temos o nome dela pré–lotado no distrito da Guia”, explicou Gallo. 

A sindicância deve durar, segundo o procurador, de 20 a 30 dias para apresentar o resultado das investigações. A partir daí, serão tomadas as providências cabíveis. 

DESAVENÇA – Sobre a denúncia, Saad nega que tenha sido motiva por supostos desentendimentos pessoais com o Mendes. Apesar disso, insinuou de forma irônica que o secretário poderia estar por trás do atentado que aconteceu na Câmara, na semana passada. 

“Esses dias atrás ocorreu um atentado. Deixei quieto. Nem entrevista dei, porque achei que era obra de vândalos. Agora estou começando a mudar de opinião. Se ele está levando para este lado, então, eu começo a ficar assustado até de sair na rua”, disse. 

O tucano garantiu que as notícias veiculadas recentemente de que haveria uma desavença pessoal entre eles são inverídicas. “Fomos concorrentes na Unimed há dez anos. Se alguém guardou alguma mágoa, não fui eu”, alfinetou.





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