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Politica Brasil
Quinta - 29 de Novembro de 2007 às 07:08

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Sem alarde, deputados aprovaram nesta quarta um projeto que proíbe a prática de nepotismo em todos os Poderes. Hoje em Mato Grosso, por força de decisão do Conselho Nacional de Justiça, o Judiciário e o Ministério Público são os únicos que frearam a contratação de parentes e membros de familiares de juizes e de desembargadores, assim como de promotores e de procuradores. Já nas esferas do Executivo e do Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas, o nepotismo está enraizado.

A proposta partiu do deputado Percival Muniz (PPS). Foi aprovada por unanimidade nesta primeira votação. A matéria precisa ser submetida a mais uma apreciação. Sob olhar da sociedade, os parlamentares se vêem acuados. Tendem a reconfirmar o voto. Muniz afirma que o CNJ enquadrou o Judiciário e agora é preciso que os demais Poderes façam igual.

Assim que passar em segunda votação, o projeto vai à sanção do governador Blairo Maggi, um dos nepotistas. Desde janeiro de 2003, quando assumiu o comando do Estado, Maggi mantém no staff a esposa Terezinha, secretário de Trabalho, Emprego e Assistência Social. Segue o exemplo dos demais gestores do país, inclusive prefeitos. Mesmo com recados do MPE, o governador avisa que não vai exonerar a primeira-dama.

Com o fim do nepotismo, os próprios políticos vão tirar dos ombros a carga da pressão de parentes em busca de emprego no poder público. Na Assembléia, a maioria emprega parentes e familiares, como irmãos, esposas, primos, cunhados e até pais. Com esse tipo de loteamento, alguns elevaram rendimentos familiares acima de R$ 40 mil mensais. No caso dos prefeitos, o cerco vem se fechando mais rápido contra a prática do empreguismo de parentes devido a uma campanha nacional antinepotismo conduzida pelo MPE.





Fonte: RD News

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