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Quarta - 28 de Novembro de 2007 às 14:52

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Se a precarização dos serviços de telefonia em todo o país não é segredo para nenhum usuário, comprovada pela primeira colocação em péssimos serviços prestados em todos os Procons do Brasil, essa precarização deve se acentuar ainda mais, em breve. A informação é do vice-presidente do Sindicato dos Telefônicos de Mato Grosso (Sinttel-MT), José Vicente Marques Filho. Frente a isso os trabalhadores que fazem a manutenção e operação dos serviços da Brasil Telecom, em todos os estados de abrangência da operadora devem realizar paralisações e manifestações na próxima quinta-feira, contra a precariedade das relações de trabalho.

Em Mato Grosso, os telefônicos optaram por manifestação durante o período da manhã desta quinta-feira. Em Cuiabá, o sindicato informa que a manifestação se concentrará em frente à empresa, centro da capital.

De acordo com o vice-presidente da entidade, José Vicente Marques Filho, a Brasil Telecom terceiriza estes serviços através de sete empresas. Ocorre que a operadora está em vias de concentrar o contrato com apenas uma destas empresas a partir de primeiro de janeiro de 2008.

É que no próximo dia 30 ela deve revelar a vencedora da licitação que realizou para escolher entre as prestadoras. A vencedora reponderá por todos os serviços em todos os 9 Estados e no Distrito Federal. Com isso, os trabalhadores das atuais empresas terceirizadas estão apreensivos e mobilizados para garantir o emprego, a não redução dos salários, os direitos adquiridos e as condições de trabalho atuais, que já são mínimas.

Afirma ainda o dirigente sindical que "a operadora quer apenas reduzir os seus custos operacionais, em sua lógica o ganho de escala deve ser o suficiente para obter uma sensível redução do valor total do contrato, pois as empresas que concorrem no processo licitatório em trâmite terão condições de ofertar um menor preço em função das quantidades abrangidas. Porém não existirá uma mágica capaz de fazer com que o trabalhador, último na ponta da acorda, não venha a pagar a conta desta redução."

Ele observou que os sindicatos de telefônicos envolvidos tentam abrir um diálogo nessa transição sem sucesso, mas assumiram o compromisso de defender incisivamente as reivindicações dos trabalhadores. Ele disse ainda não acreditar em desemprego em massa, porém, assinalou que durante o processo de uma possível migração dos trabalhadores para a nova empresa, cortes ocorrerão e com certeza a nova empresa deverá reduzir postos de trabalho como forma de também reduzir os custos operacionais, isto fará com que a sobrecarga de trabalho aumente e a qualidade do serviço seja reduzida.

As manifestações pretendem denunciar a situação precária a toda a sociedade dando visibilidade a este tipo de degradação desses serviços essenciais impostos pelas atuais operadoras. Para ele, o fato é que embora sejam campeãs em lucratividade, a ânsia pelo aumento do lucro é muito forte e faz com que os administradores desprezem qualquer sentimento de escrúpulo e respeito às garantias dos trabalhadores constantes em todas as convenções do trabalho.





Fonte: Só Notícias

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