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Repórter News - www.reporternews.com.br
Nacional
Sábado - 24 de Novembro de 2007 às 20:48

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O prédio no número 55 da rua Etiópia, na Mooca, Zona Leste de São Paulo, utiliza três mil garrafas pet na sua decoração de Natal. É mais uma cartada do atual campeão da edição concurso “Votação Popular de Natal”, promovido pela Prefeitura de São Paulo, para conquistar o bi. De quebra, tenta atrair a atenção de visitantes, que chegam a ser mais de 200 por noite. A estrutura teve as luzes acesas na noite desta sexta-feira (22).

“A coleta das garrafas foi de janeiro a agosto, porém a montagem da decoração iniciou-se em maio”, conta Rosely Pignataro, de 49 anos, responsável pelo projeto. São 150 metros quadrados de fachada iluminada, com representações de árvores de Natal, presentes, estrelas e bonecos de papai Noel, em armação de metal ou bonecos confeccionados.

Cada um dos 20 andares recebe ainda uma guirlanda (estrutura circular à base de pets, com meio metro de diâmetro, ornamentada com pequenas lâmpadas). O material é quase todo reciclado, o que tornou o custo relativamente baixo: R$ 2.800. A estrutura toda conta com 30 mil lâmpadas e 900 metros de mangueiras, utilizadas principalmente nas estrelas que circundam a frente do prédio.

“A Mooca inteira sabe [dos enfeites]”, orgulha-se Luis Caetano Pignataro, marido de Rosely, e grande incentivador dela. Ele demonstra ainda mais orgulho ao estimar o número de visitantes, 200. “Isso por baixo. Tem dias que o porteiro me chama para ver a fila de carros que forma em frente ao prédio.”

Um dos que já conferiam a beleza dos arranjos era Milton Luis Costa, de 45 anos, morador do bairro. Ele passava de carro, quando, de celular em punho, começou a fotografar o prédio. “Todo ano eu venho com as minhas duas filhas, uma de 20, outra de 21 anos. Isso já tem uns oito anos que fazemos isso”, comenta, sem tirar os olhos das luzes. “Não sabia que já estava pronto.”

O concurso Votação Popular de Natal está na sua terceira edição, que elegerá as mais belas fachadas da cidade. Qualquer pessoa pode indicar um endereço, que concorrerá em uma das três categorias: 1) casa/prédio residencial; 2) casa/Prédio comercial ou vitrine; e 3) rua, praça, condomínio ou vila residencial.

Os votos somente ocorrem pela internet no endereço

http://www.spturis.com/natal/2007/, que contém o regulamento. Na edição anterior houve 2019 votos, num total de 189 endereços indicados. Os premiados recebem pacotes turísticos feitos em São Paulo, que incluem jantares, entradas para espetáculos culturais, entre outros, além de um troféu em forma de placa.

Natal nas ruas

As luzes natalinas já começam a tomar algumas das principais vias de São Paulo. Na Avenida Paulista, na região central da cidade, as primeiras decorações já despertam a curiosidade de quem passa por ali. O hospital Santa Catarina, no número 200, no sentido Consolação, é um exemplo. Uma linha com pequenas lâmpadas detalha os contornos de janelas, portas e o telhado de uma parte do prédio. Em outra, uma cascata de luzes recepciona quem chega à portaria principal.

Na altura do número 1.800 da avenida, porém, no sentido contrário, na esquina com a Rua Ministro Rocha Azevedo, é possível ver uma das mais belas decorações de São Paulo, instalada no antigo prédio do Banco de Boston, atualmente pertencente ao Itaú. É um tradicional ponto de visitas.

Um grupo de papais noéis, por exemplo, “tocam” instrumentos musicais, enquanto um outro conduz seu trenó puxado por renas. Tudo em tamanho natural. Outros bons velhinhos “demonstram” vigor pendurados no entorno, em meio a enfeites natalinos. Dois ursos polares dão um ar glacial à decoração, acompanhados por alguns “homens de neve”.

Ricardo Mazuchelli Paiva, de 39 anos, passava pela região quando decidiu parar e registrar a visita da família ao local. Sua esposa, de 32 anos, a filha, com 2 anos, e um sobrinho, de 9 anos, faziam pose diante do grupo de papais noéis enquanto Paiva fotografava. “É sensacional [a decoração]. Linda, mesmo. Mas queria que estivessem funcionando [os bonecos que simulam a execução de canções natalinas]”, lamenta.




Fonte: G1

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