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Politica Brasil
Quarta - 24 de Outubro de 2007 às 07:14

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A crise envolvendo o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) completa nesta quinta (25) cinco meses, marcados por uma sequência quase diária de denúncias e bombardeio político, que culminaram com a sua licença da presidência do Senado, há duas semanas, pelo prazo de 45 dias. Até então, Renan era um dos parlamentares mais respeitados no Senado, com trânsito livre no governo e na oposição.

O escândalo despontou em 25 de maio, quando a revista Veja revelou que Cláudio Gontijo, lobista da empreiteira Mendes Júnior em Brasília, pagaria despesas pessoais de Renan. Isso incluía pensão e aluguel para a jornalista Mônica Veloso, com quem o senador teve uma filha fora do casamento. O senador negou tudo, primeiro em discurso da presidência, depois em entrevistas e pronunciamentos.

Mônica, que neste mês trocou as páginas políticas pela Playboy, confirmou as denúncias. O cacique alagoano se complicou ao apresentar a sua defesa, colocada em xeque por duas perícias da Polícia Federal, e ainda levantou suspeitas sobre o seu patrimônio. Alvo de representação do PSOL, processado pelo Conselho de Ética, mesmo assim ele conseguiu a absolvição em Plenário, em 12 de setembro. Aquela votação, secreta e tumultuada, não foi suficiente para afrouxar o cerco dos opositores.

No segundo processo, Renan foi acusado de interceder em favor da cervejaria Schincariol no INSS e na Receita Federal. Isso após a venda de uma fábrica de refrigerantes de sua família para a empresa, por cifra acima do valor de mercado. Na terceira denúncia, ele é suspeito de ter usado laranjas na compra de duas rádios e um jornal, em transação de R$ 2,5 milhões. A denúncia foi feita pelo usineiro João Lyra, um ex-aliado.

O quarto processo foi aberto com base na denúncia de arrecadação ilegal em ministérios do PMDB. Já o último processo veio da informação de que um assessor de Renan, Francisco Escórcio, tentou espionar senadores da oposição em Goiás. Há mais uma denúncia: segundo informou o jornal O Estado de S. Paulo, o senador destinou emenda de R$ 280 mil para a empresa fantasma de um ex-assessor. Renan garante que é inocente em todos os casos. (Com Agência Estado).





Fonte: RD News

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