Mais de 60 mil peças de roupas contrabandeadas foram apreendidas em MT

O contrabando cresce em Mato Grosso, principalmente o de confecções. Uma prática que lesa o Estado e engana muita gente que trabalha na área. Além de prejudicar a arrecadação estadual, o contrabando também atrapalha o comércio formal.

A situação já está ficando comum nos postos de fiscalização de Mato Grosso. Em Barra do Garças, seis ônibus foram apreendidos transportando roupas sem nota fiscal. A mercadoria vinha de Goiás para ser vendida em Cuiabá. "A maior movimentação de entrada no Estado ocorre pela barreira fiscal de Barra do Garças, Alto Araguaia. O destino na maioria é para a capital, porém pode ser também no interior", disse o delegado Rogério Modelli.

Um levantamento da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) revela que 61 mil apreensões, foram realizadas no primeiro semestre deste ano, em Mato Grosso. A maioria envolve confecções. O Estado possui 17 postos fiscais, que funcionam 24 horas por dia. Milhares de caminhões e ônibus carregados com produtos passam pelo local diariamente. " Os motoristas apresentam a nota fiscal para carimbar. Fiscalizamos a situação quanto aos impostos para recolhimento", explicou o superintendente do posto de fiscalização Flávio Gomes, Nelson Ribeiro.

De acordo com o presidente do Sindicato de Confecções e Armarinhos, Roberto Peron, existe uma estimativa de que mais de 50% do PIB brasileiro é comercializado na informalidade, em função de alguns tributos que são considerados alta tributária. "Isso é procupante, pois qualquer ação que venha coibir a informalidade é de bom grado para o setor empresarial. Pois buscamos a reduação da carga tributária e a diminuição da informalidade", disse.