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Educação/Vestibular
Segunda - 13 de Agosto de 2007 às 08:07
Por: Débora Siqueira

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Cerca de 50% das 643 escolas estaduais de Mato Grosso não tem bibliotecas, e quando há o acervo de livros limita-se a doações da comunidade ou livros enviados pelo Ministério da Educação (MEC). A informação é da Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Nas unidades da rede municipal a realidade é a mesma. Levantamento do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), subsede de Cuiabá, ouviu 72 escolas do município e outras 45 estaduais na Capital e constatou que na maioria delas, as bibliotecas funcionam precariamente, pois não há de infra-estrutura adequada (espaço físico, armários, cadeiras, mesas), acervo diversificado e ausência de funcionários para o setor.

Assuntos recentes para a matéria de ciências, como por exemplo, o "rebaixamento" de Plutão de planeta para um planeta anão (objetos esféricos que não sejam dominantes em suas órbitas e nem satélites), não estão nas bibliotecas escolares, com exceção de algumas que assinam revistas para acompanhar assuntos atuais . Mas se o rebaixamento de Plutão ainda não está nos livros, pode ser visto na Internet. Mas aí o estudante esbarra em mais um obstáculo: falta de laboratórios de informática nas escolas públicas. Quando há, ou o número de computadores é insuficiente para os estudantes, ou não há conexão com a Internet.

Apenas 9 das 76 escolas estaduais de Cuiabá têm laboratórios de informática em funcionamento, segundo mapeamento realizado pela subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) da Capital. Dados mostram que, embora maioria dos 20 maiores estabelecimentos já tenham recebido computadores, a falta de algum item como mobília, condicionador de ar, sala ou até mesmo profissional da área de informática impedem a inclusão digital.

A presidente do Sintep subsede Cuiabá, Helena Maria Bortolo, destaca que não há como garantir escola de qualidade ou construir conhecimento sem livros. "Os acervos são pobres, os livros se restringem aos didáticos e não há publicações científicas para embasar a pesquisa de alunos e professores".

A líder sindical pontua que na era da informática e da velocidade das informações, a rede pública não oferece nem o básico para a construção do saber: as bibliotecas. Sem acesso a internet e sem bibliotecas, a aprendizagem em Mato Grosso está comprometida.





Fonte: Gazeta Digital

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