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Politica Brasil
Sexta - 20 de Julho de 2007 às 18:10

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Natal - O corpo do presidente nacional do Partido Progressista (PP), deputado federal Nélio Dias, 62, deve chegar a Natal ainda hoje. O político, que faleceu hoje no Hospital Sírio Libanês, após a ocorrência de um aneurisma cerebral que o deixou em coma, será velado no Palácio da Cultura (antiga sede do governo potiguar), na Cidade Alta, centro histórico de Natal. O sepultamento está previsto para amanhã, no cemitério Morada da Paz, na capital.

Voz que gritava contra os juros altos impostos aos agricultores, o presidente do PP era um dos maiores criadores de cabra do Rio Grande do Norte. Foi empresário da indústria de confecções, dirigindo a fábrica Reis Magos e começou a alcançar destaque na vida pública ao presidir o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (1995-1996), quando implantou o plano de cargos dos servidores da Casa e ergueu o prédio da nova sede do TCE-RN. Ele ainda exerceu o cargo de secretário da Agricultura do Rio Grande do Norte, no governo do hoje senador, Garibaldi Alves Filho (PMDB).

A governadora Wilma de Faria (PSB), que pediu 1 minuto de silêncio ao saber da morte do deputado durante ato oficial na Assembléia Legislativa, lamentou a morte de Nélio, quando este vivia seu melhor momento no cenário nacional. "Perdemos um bravo sertanejo, profundo conhecedor das questões do nosso Estado, do Nordeste e do Brasil", enfatizou Wilma, adversária de Nélio Dias.

Fumante, o deputado resistiu à doença por cinco anos. Durante a primeira campanha para a Câmara em 2002, começou a sofrer com um câncer, que começou nos rins e depois atingiu os pulmões. Foi justamente em uma sessão de quimioterapia no Hospital Sírio Libanês que o presidente do PP teve um aneurisma cerebral, ficou em coma e teve a morte encefálica, decretada pelos médicos Riad Younes e Antonio Lira ontem.

O PT local também chora a morte de Nélio Dias. A deputada Fátima Bezerra, maior expressão do partido no Estado, disse que o governo Lula perdeu um de seus principais aliados e o povo do Rio Grande do Norte, um de seus mais combatentes defensores. Nélio consolidou-se como liderança política em 1998, quando liderou o I Grito da Seca, na época um ato inovador de crítica contra a política do governo FHC para a agricultura, contra os juros do Banco do Nordeste, atraindo para a cidade de Lajes, no sertão potiguar, inúmeras lideranças do setor agrícola brasileiro. Ele comandou mais duas edições do evento.





Fonte: AE

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