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Politica Brasil
Sexta - 20 de Julho de 2007 às 07:20

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O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MT) Guilherme Augusto Caputo Bastos foi nomeado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para ocupar uma das três vagas de ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A escolha de Bastos foi referendada na tarde de ontem, com a assinatura do ato de indicação pelo presidente Lula.

A lista tríplice é composta ainda pelos nomes dos desembargadores Pedro Paulo Teixeira Manus e Fernando Eizo Ono, respectivamente, dos TRTs de São Paulo e do Paraná. É a primeira vez que um representante de Mato Grosso é nomeado para a função. O apoio para assumir o cargo também veio do governador Blairo Maggi (PR).

Mesmo sendo indicado da presidência da República, os escolhidos precisam passar pela sabatina do Senado. A argüição dos desembargadores fica a cargo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na seqüência o processo de indicação vai para plenário. A emenda Constitucional 45 ampliou de 21 para 27 o número de membros no Tribunal Superior do Trabalho.

Dessa forma, Bastos conseguiu consolidar apoio vindo não apenas de Mato Grosso, mas de outros estados como Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás. Com esse cenário, o desembargador passa a representar a região Centro-Oeste do país.

“Eu recebi forte respaldo de Mato Grosso com o apoio do governador Blairo Maggi, das bancadas federal e no Senado. Mas também recebi o mesmo respaldo dos governadores de outros Estados, basicamente do Centro-Oeste”, disse. Bastos já projeta a possibilidade de abertura de caminho a ser seguido por outros representantes do Estado. “Vou me lembrar dos meus colegas da região. Estarei no Tribunal Superior do Trabalho, então fica mais fácil defender a ampliação do espaço para representantes de Mato Grosso e dos Estados que me apoiaram”, enfatizou.

Ainda comemorando a indicação oficializada, o desembargador também prepara o espírito para assumir uma carga generosa de trabalho. Aguardam o futuro ministro pelo menos 11 mil processos. Segundo o desembargador, cerca de 250 mil tramitam hoje no TST. “É uma vida dura, de abdicação, mas que é compensadora. Já era sabido desse quadro e esperamos ajudar para minimizar essa demora”, avaliou.

Bastos considerou rápido o andamento dos processos na Justiça de 1º e 2º graus e reforçou que “o problema é em Brasília”. “Nas varas e no Tribunal de Justiça até anda rápido, com cerca de sete a oito meses. Mas quando chega no Tribunal pode levar em média cinco anos”, reiterou.

O desembargador lembrou que uma nova perspectiva para a problemática paira em projetos que tramitam no Congresso Nacional. “Existem propostas para tentar agilizar o andamento dos processos, com uma perspectiva mais otimista. Alguns (projetos) defendem um ritmo diferenciado, com resultados mais efetivos, mas até agora não temos uma certeza de que vai mudar. Então, nos resta o esforço para melhorar o ritmo com o nosso próprio trabalho”, ponderou.




Fonte: Gazeta Digital

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