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Politica Brasil
Quarta - 04 de Julho de 2007 às 10:28

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O prazo para que os líderes partidários indiquem os três relatores que vão dividir o processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), termina nesta quarta-feira, às 15h.

Ontem, o presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), decidiu que três senadores vão relatar de forma conjunta o processo. O PMDB terá direito a indicar um dos relatores, a oposição ficará com a segunda vaga e o bloco de apoio ao governo federal vai escolher o terceiro relator para o caso Renan.

O presidente do Senado é acusado de receber dinheiro do lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior, para pagar pensão e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), já adiantou que a oposição vai indicar o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) ou a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) como o representante da oposição na relatoria. O PMDB ainda não decidiu quem será o integrante do partido a relatar o processo contra Renan, mas o senador Almeida Lima (PMDB-SE) é cotado para o cargo por ser um dos principais aliados do presidente do Senado.

O bloco de apoio ao governo, por sua vez, estuda indicar o senador Renato Casagrande (PSB-ES) para a relatoria conjunta. O senador chegou a ser convidado inicialmente por Quintanilha para relatar sozinho o processo contra Renan, mas posteriormente o presidente do conselho voltou atrás.

Ontem, Quintanilha pediu publicamente desculpas a Casagrande pelo desconvite, apesar de não admitir o recuo na proposta feita ao senador.

"Acabei causando um constrangimento ao senador Casagrande. Diante de vícios no processo, eu solicitei um parecer da consultoria jurídica do Senado e demorei a ter contato com o senador para formalizar o convite. Continuo a manter por vossa excelência o maior respeito, com a plena capacidade para relatar qualquer processo", disse Quintanilha.

"Estaca zero"

O Conselho de Ética decidiu que o processo contra Renan não recomeçará da "estaca zero", como interpretou a Mesa Diretora da Casa, diante de irregularidades na sua tramitação levantadas pela consultoria jurídica do Senado.

Quintanilha disse que os três novos relatores do caso Renan poderão aproveitar todas as investigações já realizadas no processo até agora.

"Entendemos que esse conselho, o Senado e o país inteiro quer a comprovação da realidade dos fatos, o aprofundamento das investigações. Por essa razão, decidimos pelo aprofundamento das investigações e a continuidade da perícia realizada [pela Polícia Federal nos documentos encaminhados por Renan ao conselho]", disse.





Fonte: Folha Online

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