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Economia
Quarta - 04 de Julho de 2007 às 08:26
Por: Cirlene Lopes

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Os municípios do extremo Norte de Mato Grosso enfrentam dificuldades econômicas em decorrência das exigências ambientais para se explorar a atividade madeireira de forma legal e sustentável. Muitos empresários buscam se enquadrar na legislação, mas ainda não conseguiram retomar o trabalho. O assunto foi abordado pelo governador Blairo Maggi durante visita a Apiacás e Paranaíta. “Explorar a madeira de forma legal é permitido. Qualquer brasileiro que vive na Amazônia tem, sim, o direito de desmatar dentro da legalidade”, destacou o governador.

Maggi explicou que o Governo do Estado tem trabalhado numa direção muito clara, no sentido de fazer a sua parte na preservação ambiental, mas quer apoio do Brasil e do mundo para garantir o desenvolvimento econômico para vencer esse desafio de preservar a floresta e garantir um desenvolvimento sustentável. “Queremos que o mundo ajude a pagar essa conta. Não podemos condenar a economia desses municípios e tirar a oportunidade dessas pessoas de crescer”, disse.

“Mato Grosso pode fazer um compromisso com o mundo, com o Brasil, mas alguém tem que pagar essa conta”, comentou Maggi, lembrando que já apresentou essa proposta durante um Fórum ambiental nos Estados e Unidos e vai levá-la à Europa no segundo semestre deste ano.

Já se levanta a possibilidade da criação de indústrias limpas nessa região do Estado. É uma das propostas estudadas para garantir desenvolvimento para essa parte de Mato Grosso que sobrevive praticamente da exploração da madeira. “A idéia é que essas populações tenham a oportunidade de trabalho. Mas depende do apoio do Governo Federal para dar incentivos fiscais a essas indústrias”, ressaltou o governador.

Segundo o chefe do Poder Executivo, é preciso dar esperança, apresentar alternativa para as pessoas que vivem na região Amazônica, as crianças, os jovens. “Eu sou favorável a essa discussão, mas não podemos sufocar a economia do município, a economia de Mato Grosso”, completou.

Em Paranaíta, o governador Blairo Maggi reforçou seu discurso e convocou os madeireiros a continuar a trabalhar e buscar fazê-lo dentro da legalidade. “Ser madeireiro não é crime, não é crime usar dos recursos naturais que essa região tem, o que é crime é ser madeireiro ilegal. Trabalhar corretamente é mais difícil, é mais caro, mas é muito melhor poder dizer 'sou madeireiro e trabalho dentro daquilo que o Estado preconiza’", argumentou Maggi.

O prefeito de Paranaíta, Pedro Alcântara, destacou o apoio recebido do Governo do Estado nessa questão ambiental. “O governador tem nos ajudado a buscar uma solução. Usou dois dias na sua agenda para receber os madeireiros, prefeitos e viabilizou uma reunião com os órgãos ambientais. Ele está presente”, afirmou o prefeito.

A prefeita de Apiacás também agradeceu o empenho do governador em conseguir uma saída ambientalmente correta e economicamente justa para a questão.

Acompanharam o governador nesta viagem os secretários de Estado de Projetos Estratégicos, Clóves Vettorato; de Desenvolvimento do Turismo, Pedro Nadaf; de Educação, Ságuas Moraes; de Infra-estrutura, Vilceu Marchetti; de Desenvolvimento Rural, Neldo Egon, e de Indústria, Comércio e Minas e Energia, Alexandre Furlan, além de prefeitos da região e parlamentares estaduais e federal.





Fonte: Redação/Secom-MT

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