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Internacional
Segunda - 18 de Junho de 2007 às 16:18

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O Iraque se transformou no segundo país mais instável do mundo, atrás apenas do Sudão, quatro anos depois da invasão das tropas americanas, em 20 de março de 2003, segundo o Índice sobre Estados Fracassados 2007, elaborado pelo Fundo Carnegie para a Paz.

O índice lista os países que enfrentam instabilidade interna, e cujos governos não conseguem exercer sua autoridade de forma eficiente. Ele foi publicado pela revista "Foreign Policy".

Segundo o fundo, o Iraque subiu dois postos no ranking dos Estados mais debilitados do mundo, com 111,4 pontos, frente aos 109 do ano passado, quando ocupava o 4º posto.

Com esta pontuação, o Iraque está a apenas 2,3 pontos de vantagem do Sudão, o país mais vulnerável do mundo. Desde fevereiro de 2003, o Estado africano está imerso em um conflito que causou mais de 200 mil mortes e já transformou dois milhões de pessoas em refugiados.

No terceiro posto da lista está a Somália, que vive um conflito entre tropas etíopes que apóiam o governo e milicianos da antiga União das Cortes Islâmicas de um lado e milicianos do clã islâmico Hawiye de outro.

O índice, o terceiro elaborado pelo Fundo Carnegie para a Paz, emprega 12 fatores de âmbito social, econômico, político e militar para formular o ranking. A lista tem 177 Estados, os mais vulneráveis a conflitos internos e à deterioração da sociedade.

O Iraque obteve a pontuação máxima (dez pontos) em três dos 12 indicadores: em cultura de grupos que buscam vingança; presença de aparatos de segurança que operam como "um Estado dentro do próprio Estado" (com impunidade); e em matéria de intervenção de outros Estados ou atores políticos externos.

O fundo destaca que oito dos dez estados mais vulneráveis se localizam na África Subsaariana, frente aos seis do ano passado e sete de 2005.

América

Entre os países do continente americano, o Haiti é o mais instável, com 100,9 pontos, o que lhe deixa em 11º lugar, segundo o relatório. A Colômbia está na posição de número 33, com 89,7 pontos.

Os dados não significam, segundo os analistas, que todos os estados debilitados tenham sido esquecidos ou negligenciados por outros países.

O exemplo do Iraque, junto ao do Afeganistão (em 8º lugar), mostra que a ajuda de bilhões de dólares ao desenvolvimento e à segurança é inútil se não está em funcionamento um governo de fato, com líderes políticos responsáveis e planos reais para manter a paz e uma economia saudável.

Melhora

O estudo indica que, enquanto países como a Libéria, a Indonésia, a República Democrática do Congo e a Bósnia tiveram considerável melhoria em sua situação, outros como o Líbano, a Somália, a Guiné Equatorial e o Níger sofreram graves pioras.

A Libéria lidera, com 6,1 pontos, a seqüência dos quatro países que mais evoluíram no ranking.

Por outro lado, o Líbano é o país que experimentou a mudança negativa mais drástica, caindo 11,9 pontos em relação ao ano passado.

O agravamento no quadro do país se deve, principalmente, ao bombardeio por parte de Israel sofrido no ano passado. A ação israelense prejudicou o caminho de recuperação até então percorrido pelo Líbano, após anos de conflitos internos e com países vizinhos.





Fonte: EFE

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