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Internacional
Quinta - 19 de Abril de 2007 às 23:28

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O secretário de defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, chegou ao Iraque hoje para advertir aos líderes iraquianos que o compromisso militar americano no país não é ilimitado. Gates disse que a confusão política em Washington sobre os gastos da presença militar dos EUA no Iraque mostra que tanto o público americano quanto a administração Bush estão perdendo a paciência com a guerra. "Eu sou simpático a alguns dos desafios que eles enfrentam," disse Gates sobre os iraquianos durante a visita surpresa. Mas, ele disse, "o ponteiro do relógio está andando."

"Francamente, gostaria de ver um progresso mais rápido," ele acrescentou. Segundo ele, os iraquianos precisam se esforçar para uma reconciliação, através da política e da legislação, e dividir o faturamento obtido com o petróleo. "Não é que essas leis mudem a situação de imediato, mas eu penso que elas terão a capacidade de melhorar a comunicação para um trabalho conjunto." Segundo ele, isso criaria um ambiente no qual a violência poderá ser reduzida.

Dando ênfase à urgência em controlar a violência, a polícia iraquiana disse que um carro-bomba guiado por um suicida bateu em um caminhão cheio de combustível no centro da Bagdá, apenas algumas horas antes da chegada de Gates à capital iraquiana, e matou 12 pessoas. O ataque de hoje ocorre um dia depois do mais sangrento dia de atentados no Iraque, desde a invasão dos EUA em 2003. Ontem, quatro atentados mataram mais de 230 pessoas só na capital iraquiana.

"É muito importante que eles façam todos os esforços para acabar com isso o mais cedo possível," disse Gates. Depois de aterrissar em Bagdá, Gates voou de helicóptero ao campo Faluja, para uma entrevista com o general David Petraeus, comandante das forças americanas no Iraque, e o general Peter Pace, dirigente do staff militar. Faluja é um dos centros da insurgência sunita. Mas comandantes americanos dizem que a violência diminuiu e estão otimistas sobre o progresso no oeste do Iraque.

A visita de Gates ao Iraque, a sua terceira viagem como secretário de Defesa ao Oriente Médio, ocorre um dia depois do presidente dos EUA, George W. Bush, se encontrar com líderes no Congresso para discutir o impasse na legislação para aprovar mais dinheiro ao esforço de guerra no Iraque e no Afeganistão.

Gates afirma que a Casa Branca não lhe afirmou que exista um prazo para que os militares americanos saiam do Iraque. Atualmente, 146,000 soldados americanos estão no Iraque.

Ontem, Bush disse a parlamentares que não assinará nenhum documento que defina um prazo para a retirada das tropas do Iraque. Os parlamentares protestaram e disseram a Bush que o Congresso lhe enviará em breve um documento desse tipo.





Fonte: AE-AP

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