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Nacional
Sexta - 02 de Março de 2007 às 15:12

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A reforma política deverá voltar a estaca zero na Câmara. Depois de colocar a proposta na pauta de votação do plenário na semana passada, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT), sinalizou nesta sexta-feira que a votação deverá ficar para daqui a três ou quatro meses e que o projeto deverá ser retirado para reiniciar a discussão novamente. "É uma proposta equilibrada. Dá-se um prazo curto, reabre a discussão. Todos poderão participar e, ao final, vamos votar", disse o presidente da Câmara.

Segundo Chinaglia, a idéia, que será discutida com os líderes na próxima semana, é apresentar novamente o projeto que já foi aprovado pela comissão especial e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com nova numeração, para permitir que a tramitação tenha início com abertura de prazos e apresentação de novas propostas. "Para algo que tramita aqui há mais de dez anos e nunca ninguém conseguiu aprovar, eu penso que três ou quatro meses é um tempo adequado", argumentou Chinaglia.

O presidente da Câmara disse que, com a nova discussão, os deputados de primeiro mandato poderão interferir no processo. "Não é justo que eles, inaugurando o mandato, querendo contribuir, tenham de votar aquilo que a Legislatura passada produziu", disse Chinaglia, completando que isso poderia ser entendido como cerceamento da Casa.

Na reunião dos líderes, deverá ficar definido se haverá uma nova comissão especial para discutir a reforma política ou se a proposta será analisada pelas comissões permanentes, informou Chinaglia.

O presidente da Câmara avaliou que a dificuldade em fazer a reforma política é que os parlamentares têm dificuldade em mudar as regras que os levaram a vencer as eleições. Segundo ele, as alterações geram inseguranças nos parlamentares que disputam o poder. "É público e notório que o Congresso tem dificuldade, aqui no Brasil e em qualquer parte do planeta, quando se trata de mudar regras que trouxeram a todos aqui para a representação popular. Todo mundo preza isso", disse.





Fonte: Estadão

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