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Nacional
Quarta - 21 de Fevereiro de 2007 às 16:38

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Na expectativa da apuração de hoje à tarde que vai eleger a escola de samba campeã do carnaval do Rio de Janeiro, o presidente da Mangueira, Percival Pires, disse que o episódio com a cantora Beth Carvalho o deixou chateado, assim como toda a nação mangueirense, que tem o maior respeito por ela. Mas, segundo Pires, quem criou a confusão foi a própria cantora. Começou há pouco a apuração dos votos.

Pires afirmou que uma prova do bom relacionamento da escola com os artistas é a Ala dos Artistas da agremiação, que conta com mais de 70 membros. Ele disse estar muito chateado de ter que se envolver com essa questão, quando há tantas coisas boas para falar sobre a escola e o desfile deste ano.

Sobre o desfile, Percival Pires avalia que o grande trunfo da Mangueira é ter trazido um tema extraordinário, "que é a cara da agremiação e suplantou tudo o que as outras escolas trouxeram para a avenida, estando à altura do povo que sempre vem para a avenida aplaudir a Mangueira".

Na Unidos dos Viradouro o mestre de bateria, Ciça, disse que o ano que vem trará outra surpresa para os seus 300 ritmistas que, este ano, vieram em cima de um carro alegórico, desceram no meio do desfile sem atravessar o samba. "Quem sabe eles não virão tocando no meio da arquibancada em 2008?", brincou Ciça.

Favoritas

Ele acha que a Viradouro tem toda condição de ganhar, depois de dez anos sem um campeonato (o último foi em 1997). "Mas Salgueiro, Beija-flor e Vila também vieram com tudo", afirmou Ciça, único integrante de escola de samba a declarar os principais rivais de sua escola.

Para a coordenadora da Comissão de Carnaval de outra escola apontada como favorita ao título, a Beija-Flor de Nilópolis, Laíla acredita que a ordem dos critérios de desempate - bateria, conjunto e evolução - favorece sua agremiação. "O desfile de 2007 foi muito igual, poderemos até ter surpresas, mas a Beija-Flor tem a força da comunidade, que veio cantando o samba o tempo todo, e tem uma bateria fantástica. Agora é só esperar

Também na Portela, o critério de desempate decidido hoje ao meio-dia é benéfico para a escola de Madureira, segundo o carnavalesco, Cahê Rodrigues, que na sua opinião tem como maior trunfo um desfile coeso e empolgado. "Fomos bem no conjunto e na evolução, que são os dois critérios finais, porque a escola desfilou direitinho, com todo mundo cantando e as alas bem organizadas", disse o carnavalesco, que dividiu o trabalho com Amarildo de Mello.

Cahê acredita que a escola voltará no sábado para o desfile das campeãs, quando as seis primeiras colocadas repetem o espetáculo. "Vai ser uma disputa apertada, mas a Portela agradou o público, especialmente quando colocou Daiane dos Santos, que ninguém acreditava que era ela mesma. O nosso enredo é bonito, atual e moderno, exaltou o Rio e por isso estamos confiantes", disse. Campeãs

Já o presidente da Imperatriz Leopoldinense, Luizinho Drummond, acha difícil adiantar que escolas voltarão ao Sambódromo no próximo Sábado porque houve um equilíbrio muito grande e "as outras 12 escolas estiveram perfeitas". A Imperatriz é a escola que mais campeonatos teve nos 24 anos do Sambódromo, com seis títulos, mas no ano passado ela não voltou para desfilar entre as campeãs porque não ficou entre as seis primeiras colocadas.

"Os envelopes é que vão dizer o resultado, porque o desfile da Imperatriz agradou muito", disse Luizinho Drummond, que acha que a ordem do critério de desempate é indiferente para a agremiação de Ramos. "Normalmente, se houver empate, vai ser lá atrás, mas estamos bem em bateria, conjunto, evolução, não há problema", disse.

O presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, acredita que seu grande trunfo é o enredo "que foi explicado de uma forma simples e bonita". Segundo ele, qualquer pessoa na arquibancada entendeu o recado, pois não adianta muito luxo, mas sim alegorias e fantasias difíceis de serem entendidas. "Temos uma boa comissão de frente, a melhor bateria e passamos perfeitos, fizemos coisas que ninguém fez", disse.

Ele afirmou ainda que o carnavalesco Paulo Barros, que foi de sua escola entre 2004 e 2006, fez falta mas não era fundamental. "Todo mundo faz falta e ninguém faz falta na Unidos da Tijuca, porque a força da comunidade é que leva a escola para a frente. Temos também uma administração tão azeitada que uma peça que falta, como no caso de Paulo Barros, é logo reposta", afirmou.

Horta não quis citar nenhuma escola que rivalize com a Unidos da Tijuca, mas acredita que este ano poderá romper um jejum de campeonato que já dura sete décadas, pois a última vez que a escola venceu um carnaval foi em 1936.





Fonte: AE

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