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Nacional
Sábado - 27 de Janeiro de 2007 às 14:04

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A direção do Banco Mundial (Bird) contradisse ontem declaração do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que na segunda-feira passada defendeu as obras da Linha 4 do Metrô (Amarela), afirmando que o modelo de preço fechado ("turn key") foi exigência da instituição, que financia as obras tocadas pelo Consórcio Via Amarela, orçadas em R$ 2 bilhões. Logo após a declaração, Alckmin já tinha recuado, dizendo não saber se a modalidade do contrato fechado pelo governo paulista era exigência ou apenas recomendação do banco.

"No caso do projeto da linha 4 do Metrô, que vinha sendo estudado há mais de dez anos pelo Metrô em todos os aspectos, o contrato tipo 'turn key' foi julgado o mais apropriado por todos os envolvidos", afirmou ao jornal Folha de S.Paulo Jorge Rebelo, diretor do Bird para o projeto da linha 4 do Metrô de São Paulo.

Ele garantiu que a decisão foi conjunta entre o governo de São Paulo, tomador do empréstimo, e o Bird, sem pressões ou exigências do banco. O método de "turn key" é apontado por especialistas como um dos possíveis motivos do desabamento da futura estação Pinheiros da linha 4, na zona oeste da capital paulista, onde sete pessoas morreram soterradas no último dia 12 - nessa modalidade, o preço e o prazo da obra são fechados na hora de assinar o contrato, deixando o governo livre de pagar adicionais comuns a construções como essa.

Críticos das obras do Metrô afirmam que, para manter a rentabilidade e evitar gastos adicionais, o consórcio Via Amarela teria descuidado das normas de segurança. O consórcio, formado pelas empreiteiras CBPO Engenharia (subsidiária da Odebrecht), Queiroz Galvão, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, nega qualquer irregularidade.





Fonte: 24HorasNews

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