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Economia
Sábado - 27 de Janeiro de 2007 às 13:11

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As indústrias brasileiras estão investindo mais na chamada tecnologia limpa (que não agride o meio ambiente). É o que constata pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, de 1997 a 2002, o investimento em controle ambiental (aquisição de máquinas e equipamentos, construção de estações de tratamento e despesas com o funcionamento de aparelhos que não poluem o ecossistema) deu um salto de 83,9%, descontando-se a inflação no período. Em 1997, as empresas destinaram a essa área R$ 10,5 bilhões. Em 2002, os investimentos no setor já somavam R$ 22,1 bilhões.

Para o técnico do IBGE Paulo Gonzaga, esse movimento reflete uma maior consciência ambiental por parte das empresas, mas também pressões do mercado.

“Há vários determinantes, como aumento da consciência ambiental, pressões da sociedade através de leis e os desastres ambientais que levaram as empresas a adotar uma postura mais ativa nessa área. É uma estatística só de esforço, e não de resultados, mas percebemos claramente que há um esforço crescente entre as indústrias brasileiras, e isso se traduz em maiores investimentos”, diz.

Gonzaga destacou que o mercado externo é cada vez mais exigente em relação ao cumprimento de normas ambientais. Segundo a pesquisa, o receio das organizações de que danos ambientais prejudiquem a imagem corporativa e o maior rigor das agências de regulação ambiental também influenciaram esse crescimento.

A pesquisa revela que aumentou o número de empresas que direcionam parte de seus recursos à questão ambiental, e elas são principalmente grandes organizações. Em 1997, as indústrias com esse tipo de preocupação, que somavam 3.823 empresas, representavam 34,1% do total da produção industrial; em 2002, já havia 6.691 indústrias que investiam em controle ambiental e elas respondiam por 48,2% do total da produção.

Outra constatação é que o valor investido pelo conjunto das empresas aumentou de 13,9% para 18,7% no período. O movimento foi puxado, principalmente, pela indústria de transformação, cujo aumento nesses investimentos foi de 92,6%.

No primeiro ano de investigação, os setores de alimentos e bebidas eram os principais investidores em controle ambiental, já em 2002 a maior concentração dos investimentos passou para as divisões de fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool.





Fonte: Agência Brasil

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