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Esportes
Quinta - 07 de Dezembro de 2006 às 12:34

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Investigado pelo Banco Central, que quer saber a origem do dinheiro das compras de Carlitos Tevez, Mascherano e outras estrelas contratadas em 2005, o Corinthians está sendo processado e já foi punido pela Justiça Federal por causa de transação bem menor, feita em 1995, segundo ano da gestão do presidente Alberto Dualib.

Trata-se do empréstimo do volante Embu para o Verdy Kawasaki, do Japão, por meros R$ 170 mil. Para se ter idéia do ponto a que podem chegar ações como essa, o caso fez o Corinthians penhorar parte do Parque São Jorge, para evitar a explosão da dívida que, em 2003, já estava em R$ 1.148.840,51.

O caso começou em 1997, quando o Banco Central solicitou documentação de transferência para o exterior de 13 atletas do Corinthians. Desses, o BC viu irregularidade na negociação de Sérgio Henrique Sabóia Bernardes, o Embu. O jogador foi emprestado ao Verdy Kawasaki (JAP) por R$ 170 mil, mas o dinheiro não passou pelo BC.

Na defesa, o Corinthians alega que fechou negócio com uma empresa intermediária nacional e que recebeu o pagamento em reais.

Em julho de 1995, o Verdy repassou Embu para o Yomiuri Nippon, por R$ 220 mil. Por ter intermediado esta negociação, a K&N - Comércio e Promoções Futebolísticas Internacionais Ltda. recebeu R$ 40 mil. Os R$ 180 mil restantes do Corinthians também não passaram pelo BC.

Baseado no parecer do Departamento de Combate a Ilícitos Cambiais e Financeiros, a Justiça impôs, em 2001, multa pecuniária para os dois casos de R$ 390 mil. O Corinthians foi enquadrado no artigo 1 da lei 23.258, de 1933.

Dois anos depois, com a certidão de dívida ativa, juros de mora e multas, o valor chegou a R$ 1,14 milhão, quase 300% do valor inicial.

Para interromper a evolução da dívida milionária, o Corinthians penhorou parte do Parque São Jorge, nomeando o vice-presidente do clube Nesi Curi como fiel depositário.

O Corinthians alegou ainda que a lei na qual foi enquadrado não se aplicava aos clubes antes da lei 9.615, de 1998. A defesa foi negada pela juíza federal Simone Schroder, da 11ª Vara de Execuções Fiscais.

Em março deste ano, o clube apresentou nova defesa para tentar embargar a decisão, mas parte do Parque continua penhorada.





Fonte: Globoesporte.com

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