CPMI dos Sanguessugas confirma presença de Curado Filho

O delegado Diógenes Curado Filho, da Polícia Federal de Mato Grosso, será ouvido na próxima quarta-feira, pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, a respeito da compra do dossiê antitucano. A convocação de Curado Filho atende ao requerimento feito pelo senador Amir Lando (PMDB-RO), relator da CPMI.

Curado Filho preside o inquérito que apura a origem do R$ 1,75 milhão encontrados com os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos em 15 de setembro, no Hotel Íbis, em São Paulo (SP). O montante pagaria o material, fornecido pelo empresário e chefe da máfia das ambulâncias, Luiz Antônio Trevisan Vedoin, que supostamente estabeleceria a ligação entre os então candidatos José Serra (governo de São Paulo) e Geraldo Alckmin (presidência da República) com o esquema fraudulento.

Tortura - Além das investigações, o delegado poderá ser questionado sobre as acusações de maus tratos feitas por Gedimar contra a PF, que o teria mantido em uma cela alagada da Superintendência em Cuiabá por cerca de 13 horas. Ele deve apresentar o laudo referente ao exame de corpo de delito, feito pelo Instituto Médico Legal (IML), antes que Gedimar fosse transferido para o Pascoal Ramos, onde passou uma noite. A PF negou qualquer ocorrência de maus tratos contra Gedimar.