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Politica Brasil
Segunda - 27 de Novembro de 2006 às 08:25

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Um dia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter conclamado o PT a voltar a ser "exemplo para o País", o ministro Luiz Dulci, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, defendeu a criação de um código de ética para o partido. A idéia, segundo o ministro, é definir as normas no congresso partidário marcado para julho. "Existe um estatuto (do partido), existem regras, mas as pessoas consideram que seria bom aprofundar o debate e consolidar num código", afirmou Dulci ontem em São Paulo, à saída da reunião do Diretório Nacional do PT - primeiro encontro depois das eleições de outubro.

Depois do escândalo do mensalão no ano passado, o partido continua a enfrentar turbulências com o caso do dossiê Vedoin, que obrigou o deputado Ricardo Berzoini a se licenciar da presidência da legenda e, agora, levou à antecipação do Congresso. O ministro, porém, considera que o partido não deixou de ser exemplo de combatividade e de compromisso com a população mais pobre. "Mas acho que um código de ética pode ser muito útil à renovação necessária ao PT", frisou.

"Já está claro que houve aloprados do PT, houve aloprados do PSDB, todos fazendo coisas indevidas em relação ao dossiê", completou Dulci, ao comentar a acusação de que Berzoini seria o mandante da compra do dossiê. "Cabe à Polícia Federal apurar. Vamos esperar os fatos."

Enquanto isso, o Congresso do PT é visto como a grande oportunidade para atualizar o projeto político petista, com o debate de "novas formas" de garantir sustentação ao governo, com o apoio dos movimentos sociais. "Todos concordam que o PT saiu vitorioso das urnas, mas isso não elimina a necessidade de promover uma reforma política e organizativa bastante profunda no partido", pregou Dulci. O governador eleito de Sergipe, Marcelo Déda, ressaltou que o Congresso do PT deve servir não só para "desburocratizar" a direção do partido como para "destravar o debate" político-ideológico.

Presença ilustre

Com a crise do dossiê rondando o encontro do PT, chamou a atenção a presença, na reunião, não só de mensaleiros como a do líder do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), Bruno Maranhão, dirigente afastado da Executiva após a invasão da Câmara em junho. Sem atender aos apelos para que não fosse à reunião, Maranhão se disse "injustiçado" e até se comparou a Lula. "Fui perseguido como o presidente", afirmou, acrescentando que, nas ruas, recebeu "abraços e aplausos".





Fonte: AE

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