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Segunda - 23 de Outubro de 2006 às 07:59

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Vicente Cañas Costa nasceu em 23 de outubro de 1983 na cidade de Alborea, província de Albacete, Espanha. Naturalizado brasileiro, chegou a Mato Grosso em 1969 para trabalhar em uma missão que se propunha salvar os remanescentes dos índios Tapayuna – chamados de beiços de pau.

Com a transferência daquela população para o Parque Indígena do Xingu, Cañas foi então chamado para atuar junto aos índios Paresi. “Naquele tempo, não havia nenhuma assistência à saúde. Então ele andava sempre com uma mochila de medicamentos básicos”, relata o indigenista Ivar Busatto, coordenador da Ong Operação Amazônia Nativa (Opan).

A saúde não era sua única preocupação. Busatto, que conheceu Cañas nesse período, conta que o missionário se esforçava para reforçar os saberes tradicionais – como construção de casas, por exemplo – e as estratégias de produção de alimentos.

“Era um trabalho de valorização da cultura muito importante, pois ele conseguia vivenciar aquele modo de vida como se fosse seu. Não era um faz de conta. Isso para os índios significava a aceitação de seus costumes”, conta.

Os pilares dessa atuação eram o apoio aos rituais, à construção de casas tradicionais, a utilização da língua nativa e uma forma nova de relacionamento. “Já existiam práticas missionárias novas, que consideravam a necessidade de vivenciar essas culturas em seus locais. O diferencial é que eles realmente assumiu, com profundidade, essa opção por viver na cultura do outro”. (RV)





Fonte: Diário de Cuiabá

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