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Quinta - 19 de Outubro de 2006 às 13:41

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As vendas de celulares da Nokia no terceiro trimestre subiram bem mais que a previsão, anunciou na quinta-feira a maior fabricante de telefones móveis do mundo. Apesar disso, a companhia teve que cortar os preços fortemente para conquistar participação de mercado, o que pressionou suas margens.

As vendas da Nokia entre julho e setembro saltaram para 10,1 bilhões de euros ante 8,4 bilhões de euros um ano antes, superando projeções de analistas de faturamento de 9,9 bilhões de euros, segundo pesquisa da Reuters.

A companhia finlandesa informou que sua participação de mercado subiu para 36 por cento, mas a média de preço de seus aparelhos caiu para 93 euros, abaixo de todas as estimativas. As variações previstas eram de entre 94 e 104 euros, com média de 100 euros.

A empresa divulgou lucro por ação de 0,21 euro, alta em relação a 0,20 euro de um ano antes, mas queda na comparação com 0,22 euro previsto em média pelo mercado.

"O preço médio por aparelho ficou muito abaixo do esperado, foi parar no chão", disse o analista Greger Johansson, da Redeye em Estocolmo. "Parece que eles decidiram adotar a decisão estratégica de ganhar mercado a qualquer custo."

As ações da Nokia chegaram a despencar mais de 4 por cento após a divulgação do balanço e finalizaram o pregão com perda de 3,6 por cento.

"O trimestre não foi só de pontos positivos e nós temos muito trabalho pela frente", disse o presidente-executivo da Nokia, Olli-Pekka Kallasvuo. Ele disse que a comercialização de novas redes de terceira geração mais rápidas e de aparelhos foi mais lenta do que a empresa esperava na Europa.

Os preços baixos dos celulares ajudaram a Nokia a vender 88,5 milhões de aparelhos no trimestre, 33 por cento acima do que um ano atrás. O volume superou todas as expectativas. Os celulares representam 82 por cento das vendas da empresa e o restante vem dos negócios com redes de telefonia móvel.

Mas rivais da Nokia, Motorola e Sony Ericsson, cresceram ainda mais rápido, aumentando as vendas unitárias trimestrais em 39 e 43 por cento, respectivamente, sobre o mesmo período.

A Nokia tem sentido os benefícios de sua entrada em mercados emergentes antes da concorrência. Uma ampla linha de aparelhos baratos e fáceis de usar deu à empresa participação de mais de 50 por cento em muitos desses países.

"O que eles ganharam em volumes, perderam em preços médios de venda e isso é o que tem pressionado as margens", disse Alexander Peterc, analista da Exane BNP Paribas.

A margem bruta de lucro da Nokia em suas três áreas de celulares, um importante indicador sobre quanto a companhia ganha por aparelho, caiu para 29,3 por cento no trimestre passado ante 33,2 por cento um ano atrás e 32,7 por cento no segundo trimestre.





Fonte: Reuters

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