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Nacional
Quinta - 19 de Outubro de 2006 às 09:43

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Equipes do Corpo de Bombeiros resgataram na manhã desta quinta-feira os últimos dois corpos que estavam dentro da traineira Costa Azul, que afundou com oito pessoas no noite desta terça. Os corpos estavam dentro do porão do barco, que está a 37 metros de profundidade. Os cadáveres encontrados nesta madrugada e nesta manhã foram levados para o Grupamento Marítimo de Botafogo, de onde serão levados para o Instituto Médico Legal.

O barco naufragou às 22h50 desta terça, após colidir com o cargueiro Roko, das Bahamas. Além do mestre-arrais, estavam na traineira dois marinheiros e nove mergulhadores - dos quais quatro escaparam com vida.

O capitão-dos-portos do Rio, Antônio Monteiro Dias, afirmou que na hora da colisão a visibilidade era boa e não havia problemas de navegabilidade. Segundo ele, cerca de 80% desses acidentes são provocados por falha humana e essa é a principal linha de investigação para a batida de terça-feira. Regras internacionais de navegação prevêem que a tripulação da embarcação que avistar outra à direita deve manobrar para impedir a colisão.

Segundo a Capitania dos Portos, o cargueiro estava à direita da Costa Azul e em seu curso correto. O inquérito administrativo instaurado deverá, em 90 dias, concluir se a norma foi cumprida. "Quem não obedeceu às regras é o culpado", declarou o capitão.

Os destroços da traineira foram localizados quase 12 horas após o acidente. "O corpo do mestre estava na cabine de comando e por isso foi retirado facilmente. Já os outros ficaram presos no porão. Pés-de-cabra foram usados para arrombar o compartimento, onde dormiam", contou Dias.

Choque violento Segundo ele, a visibilidade no fundo da Baía era de só um metro nesta quarta-feira. Para achar o barco, lanchas da Marinha fizeram varredura com ganchos no fundo. O resgate envolveu mais de 10 embarcações e 300 homens da Marinha e dos bombeiros, sendo 30 mergulhadores e da Tec Sub Engenharia Subaquática, empresa para a qual as vítimas trabalhavam nas obras do emissário submarino da Barra da Tijuca.

Os quatro mergulhadores que sobreviveram conversavam na parte de trás do barco quando perceberam o cargueiro e acabaram caindo com a força do impacto. Eles foram resgatados pela lancha que guiava o navio até o porto e que alertou a Capitania pelo rádio. A maior parte dos ocupantes da traineira dormia na hora da tragédia. A Polícia Federal em Niterói também abriu inquérito.

Os quatro mergulhadores que se salvaram são: Eduardo da Silva Pinto, Tiago Batista Ramos, Eliezer Chaves de Oliveira e André Luiz Lorenzetti.





Fonte: Terra

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