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Internacional
Quinta - 19 de Outubro de 2006 às 07:44

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O Reino Unido, principal aliado dos Estados Unidos no Iraque e Afeganistão, se tornou o alvo favorito da rede terrorista Al Qaeda, que recuperou sua força, segundo comandantes da luta antiterrorista citados nesta quarta-feira pelo jornal britânico "The Guardian".

Chefes dos serviços de inteligência com acesso a informação sobre as atividades da Al Qaeda disseram que a rede recuperou sua força no Paquistão apesar de quatro anos de campanha para eliminara seus dirigentes.

A Al Qaeda formou um núcleo forte e tem recebido constantemente novos voluntários.

A estrutura de suas células se assemelha à do antigo Exército Republicano Irlandês (IRA), segundo as fontes. Um organizador atua à frente de cada grupo, que conta ainda com um encarregado de armas e explosivos e vários voluntários.

Os grupos, organizados hierarquicamente, se dedicam a tarefas que vão desde práticas fraudulentas e arrecadação de fundos até os trabalhos de conexão e planejamento de atentados.

"Para a Al Qaeda, o Reino Unido representa uma grande oportunidade de um massacre que pressione as autoridades", disse uma fonte. Os ataques à rede de transporte de Londres, em 7 de julho de 2005, teriam sido "só o começo".

O Reino Unido seria um alvo mais fácil que outros países, devido aos seus vínculos tradicionais com o Paquistão.

Organização

Antes, os serviços de segurança britânicos viam a ameaça terrorista como uma rede de grupos que compartilhavam a filosofia da jihad, mas sem uma estrutura estável. Hoje, falam de um sistema muito mais hierárquico, organizado e com métodos de recrutamento, treinamento e planejamento de ataques muito aperfeiçoados.

No entanto, ainda segundo as fontes consultadas pelo "Guardian", os líderes da Al Qaeda no Paquistão e seus delegados na Europa deixam que as células tomem as iniciativas.

Os novos recrutas são cuidadosamente selecionados: em geral são muçulmanos em torno dos 20 anos, dizem os especialistas. Eles são submetidos a sessões de doutrinamento, que começam com orações e pregações religiosas, seguidas de debates políticos sobre o islã e sua relação com Ocidente.

Na fase seguinte, os jovens são treinados na fabricação de explosivos. Os encarregados do recrutamento se esforçam para criar um ambiente de fraternidade e coesão no grupo.

Às vezes os jovens passam por ritos de iniciação, que podem consistir em passar a noite em lugares remotos e em condições adversas para provar sua coragem e garantir que não vão abandonar seus companheiros.





Fonte: EFE

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