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Internacional
Sexta - 13 de Outubro de 2006 às 00:32

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A China e a Rússia adiaram a votação de uma proposta de resolução no Conselho de Segurança da ONU que previa a aplicação de sanções contra a Coréia do Norte, que começaram a ser discutidas após realização de um teste nuclear pelos norte-coreanos. Os Estados Unidos, que apresentaram uma proposta de sanções mais leves para aumentar as chances de o texto ser aprovado pelo Conselho, vinham pressionando por uma votação nesta sexta-feira.

Os cinco países com direito a veto no Conselho (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e China) passaram parte desta quinta-feira discutindo a nova proposta de Washington, que previa menos medidas punitivas do que o primeiro esboço de resolução apresentado pelos americanos na segunda-feira.

No entanto, China e Rússia ainda estariam insatisfeitos principalmente com o fato de a nova proposta continuar invocando o Capítulo sete do Estatuto da ONU, que em alguns dos seus artigos prevê que as sanções sejam obrigatórias e, se necessário, sejam impostas com o uso da força.

Contra uma solução militar, a China gostaria de ver a aplicação do Capítulo sete restrita ao seu artigo 41, pelo qual podem ser impostas punições econômicas e diplomáticas, mas não medidas militares.

A China deverá enviar um representante a Washington para discutir o assunto com o presidente americano, George W. Bush. O mesmo enviado deverá viajar à Rússia em seguida.

Outras sanções

O governo chinês também se oporia ao trecho da resolução que autoriza a inspeção de navios de carga que entram e saem de portos norte-coreanos, com o objetivo de controlar o tráfego de materiais nucleares.

As sanções propostas Suspensão de venda de material que possa ser usado na construção de armas de destruição em massa; Inspeções em cargas entrando e saindo da Coréia do Norte; Fim de transações comerciais que possam dar apoio ao programa nuclear do país; Suspensão da venda de bens de luxo à Coréia do Norte.

Entre outras sanções, a nova resolução prevê a suspensão do comércio de bens de luxo e o veto ao trânsito de pessoas suspeitas de apoiar de alguma forma o programa nuclear de Pyongyang.

Diplomatas ocidentais acreditam que o apoio da China à resolução é essencial para que Pyongyang sofra punições duras, informa a correspondente da BBC na ONU Laura Trevelyan.

A Coréia do Norte anunciou ter testado um dispositivo nuclear na última segunda-feira, mas sua realização foi confirmada somente pela Rússia. Há especulações de que o teste não tenha sido realizado com sucesso.

Entenda a polêmica

Dê sua opinião sobre o teste norte-coreano

A Coréia do Sul disse nesta quinta-feira que não detectou nenhuma atividade radioativa anormal depois do suposto teste nuclear.

Na quarta-feira o Japão impôs sanções unilaterais contra a Coréia do Norte, incluindo uma proibição a todas as importações do país. As sanções devem ser aprovadas pelo gabinete japonês nesta sexta-feira.

Pyongyang respondeu dizendo que pode adotar "fortes" medidas em reação às sanções japonesas.

O presidente americano, George W. Bush, afirmou na quarta-feira que a Coréia do Norte vai enfrentar "sérias repercussões" pelo teste nuclear.

Bush disse que Washington ainda está tentando confirmar se o teste foi mesmo realizado - conforme foi anunciado na segunda-feira por Pyongyang -, mas, ainda assim, prometeu aumentar a cooperação com aliados no sistema de defesa contra "agressões" norte-coreanas.





Fonte: BBC Brasil

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