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Nacional
Terça - 10 de Outubro de 2006 às 04:46

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O professor Ricardo Ismail, coordenador do Setor de Política do Departamento de Sociologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio, afirmou que o debate de anteontem à noite entre os candidatos a presidente na Rede Bandeirantes de Televisão, demonstrou uma nítida vantagem do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), da Coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL), e o "despreparo" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da Coligação A Força do Povo (PT-PRB-PC do B) à reeleição, para responder as perguntas que lhe foram feitas.

"O Lula passou a impressão de que foi surpreendido pela estratégia de Alckmin, que mudou o seu estilo para este debate", analisou.

Para Ismail, o candidato da Coligação Por um Brasil Decente a presidente procurou falar com o eleitor da presidente nacional do PSOL e líder do partido no Senado, Heloísa Helena (AL), e do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), assumindo a postura dura e ainda o tom de crítica à educação, por exemplo.

"Esta foi uma boa estratégia porque ele atinge, exatamente, os que ainda não sabem em quem votar, já que os seus eleitores, ou seja, que votou em Alckmin no primeiro turno, só vai repetir a dose neste segundo turno com mais afinco. Quem votou em Lula faz parte de um eleitorado formado por uma parcela da população que ganha até dois salários mínimos e que reside no Nordeste, e que não vai modificar seu voto", avaliou.

Para o professor, os melhores momentos do presidente no programa foram quando ele comentou a questão energética do país e conseguiu embasar uma crítica ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que comandou o Brasil por 8 anos.

"O problema é que, com seu fraco desempenho num debate como este, independente da audiência que a TV Bandeirantes obteve, Lula só terá nesta semana o horário eleitoral para tentar reverter sua derrota na noite de domingo. Por mais que petistas ligados ao presidente tentem dar o tom de empate ao debate, quem assistiu sabe que isso não foi o que ocorreu", afirmou o professor.




Fonte: Agência Estado

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