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Politica Brasil
Domingo - 24 de Setembro de 2006 às 13:05

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Uma das chaves do crescimento econômico brasileiro tem de ser o controle do mercado cambial, em que acontece a entrada e saída de dólares do país. A opinião é de Marcos Antonio Cintra, professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp). "Isso para manter as nossas exportações e as contas externas em bom estado sem nos trazer risco por causa das flutuações do câmbio", afirmou.

Cintra defende que seja criado um imposto sobre as operações financeiras, para dificultar que o capital externo entre no país sem controle. Outra solução seria impor uma quarentena ao capital, para que permaneça no país por algum tempo.

"Se não for possível fazer controle de câmbio, pelo menos introduzir algum tipo de quarentena como a Argentina fez. Os capitais têm que ficar pelo menos seis meses na Argentina antes de saírem”, afirma Cintra. “Saindo, pagam um imposto muito alto. Alguma medida que sinalize para o mercado financeiro internacional que nós não queremos esse capital chamado andorinha, que vem, pode ficar dois ou três dias, um mês e ir embora", afirmou. “O capital que fica mais tempo gera emprego e renda dentro do país".

A proposta não é defendida pelo economista Antônio Corrêa de Lacerda, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Lacerda acredita que o país já está no caminho certo do crescimento, com o mercado cambial totalmente aberto.

Só acredita que o tripé inflação, câmbio e superávit deve ainda ser aperfeiçoado. “Por exemplo, se houver um exagero, como tem ocorrido na taxa de juros, vai acabar sendo um fator adicional de valorização do câmbio, que pode prejudicar o valor agregado da produção da economia, seja para exportação, seja para o mercado interno. Isso, na medida em que as empresas têm enorme dificuldade em concorrer com o mercado externo. Precisamos rever essa estrutura para fazer frente a esses desafios", ressaltou.

Para ele, o controle de preços que garantiu a estabilidade não é suficiente para gerar crescimento. "Precisamos de um projeto nacional que articule todas as ações necessárias, as estratégias para que o Brasil atinja uma taxa de crescimento mais adequada à sua realidade. Eu diria pelo menos de 5% ao ano e que o crescimento seja sustentável e se transforme em melhora da qualidade de vida da população, gerando mais empregos e renda" disse.





Fonte: 24HorasNews

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