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Nacional
Sexta - 22 de Setembro de 2006 às 07:37
Por: João Carlos M. Caldeira

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O título deste artigo parece piegas ou clichê de revista feminina, mas na verdade minha intenção é discutir uma reportagem da Revista Super Interessante, sobre uma pesquisa realizada pelo psicólogo Martin Seligman da Universidade da Pensilvânia, EUA.

Seligman conclui que um dos motivos pelos quais a felicidade é tão difícil de alcançar para a grande maioria das pessoas é que nem sabemos o que ela é, o que significa para nós.

Em suas pesquisas, demonstra que a felicidade é na verdade a soma de três coisas diferentes: prazer, engajamento e significado.

Prazer, de acordo com o psicólogo americano, é aquela sensação gostosa que costuma tomar conta de nosso corpo quando dançamos uma música boa, ouvimos uma piada engraçada, conversamos com um bom amigo, fazemos sexo ou comemos chocolate.

Vale lembrar que toda regra tem sua exceção (os masoquistas, por exemplo). Engajamento é a profundidade do envolvimento entre a pessoa e sua vida.

É quando nos entregamos de corpo e alma a um projeto, trabalho ou atividade.

Significado é perceber que nossa vida faz parte de algo maior no universo, da existência de Deus, de uma força superior ou de algo divino, geralmente ligado à religião ou a algo imaterial, grandioso. É perceber que não viemos a passeio na terra, temos uma missão a cumprir.

Sempre ouvimos falar que fazer o bem, ajudar as pessoas, ser solidários, nos deixa mais feliz. Seligman confirmou cientificamente essa teoria em laboratório. Percebeu em suas observações que um único ato de bondade pode melhorar os níveis de felicidade de uma pessoa por até 2 meses. Isso é engajamento!

Outra constatação de sua pesquisa é que as pessoas são mais felizes quando conseguem realizar algo que transcende o seu tempo, que poderá sobreviver a ela própria, como escrever um livro, criar uma nova teoria, tese ou simplesmente ter e criar um filho. Isso é significado!

Em relação à terceira definição, o prazer, que deveria ser a mais simples é justamente onde as pessoas tem mais dificuldades para identificar a felicidade. Os maiores prazeres não estão nas grandes viagens, festas ou acontecimentos e sim no nosso dia-a-dia, como: conversar com uma pessoa otimista e alegre, ver uma paisagem bonita, comer algo gostoso (aliás, a comida historicamente está ligada aos prazeres do ser humano).

Importante também é sentir prazer nos pequenos e agradáveis momentos de nossa vida, reparar nos detalhes das cores, das plantas, dos animais, nos cheiros, nas pessoas e nas horas difíceis, ter uma boa companhia. Quase todas as pessoas sentem-se mais felizes quando estão com outras pessoas.

Por fim, Seligman afirma que a felicidade não é um fim em si, e sim uma conseqüência do jeito que você leva a vida. As pessoas perdem muito tempo em busca de receitas, respostas complicadas e grandes projetos ou desejos, esquecendo dos pequenos prazeres e alegrias do nosso cotidiano.

É o dia-a-dia de uma pessoa e a maneira como ela reage às situações mais banais que definem o seu nível de felicidade.

Você está mais feliz depois que leu este artigo? Espero que sim!





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