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Polícia Brasil
Terça - 29 de Agosto de 2006 às 07:12

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O diretor-superintendente e filho do dono da empresa Semenge Engenharia, Leonardo Tramm Drumond, 38 anos, foi assassinado no início da noite de ontem, na esquina das ruas Candelária e Visconde de Inhaúma, no centro do Rio de Janeiro. Um homem não-identificado disparou duas vezes, à queima-roupa, nas costas do empresário, que estava a 50 metros do seu local de trabalho, na rua da Candelária, número 83. O bandido teria levado apenas uma maleta de documentos que estava com o executivo. Relógio, cartões e carteira com dinheiro não foram roubados.

O barulho dos tiros, por volta das 20h, provocou pânico em quem passava pelo local. Um grupo de curiosos logo se aproximou e cercou a área onde a vítima caiu, na calçada. Momentos depois, ainda quando a perícia realizava as primeiras análises do crime, a mãe de Leonardo chegou ao local. Os policiais ainda tentaram contê-la, mas, aparentando serenidade, ela atravessou a área restrita, sentou-se ao lado da vítima, deitou sua cabeça no colo e começou a balbuciar algumas palavras, enquanto acariciava o corpo do filho.

Ela ficou nessa posição durante aproximadamente 30 minutos, até chegar o rabecão, às 22h30, para levar o corpo ao Instituto Médico-Legal (IML), também no Centro.

Segundo testemunhas, o pai da vítima teria cruzado com o assassino, que passou por ele correndo com a pasta do filho em direção à Rua da Candelária.

Marido de bailarina Segundo amigos da vítima, que foram ao local do crime, desesperados, Leonardo gostava de praticar esportes. Uma de suas modalidades preferidas era o jiu-jítsu.

De acordo com as testemunhas do crime, o empresário não teve chances de reagir ao ataque do bandido. O executivo era casado com uma bailarina do Theatro Municipal do Rio, que já foi mulher de um delegado da Polícia Civil.

Crime na saída do trabalho O assassinato aconteceu no momento em que muitas pessoas ainda saíam do trabalho e cruzavam a movimentada esquina da Rua da Candelária. "Vi um sujeito correndo, com uma maleta mas não poderia imaginar que havia assassinado uma pessoa", disse o funcionário de uma empresa que passava pelo local. Duas das três irmãs de Leonardo, que vivem no exterior, chegarão hoje ao Rio para o enterro.

Diretor-executivo de uma empresa de telefonia, o jornalista Fernando Villela de Andrade Neto, o Fervil, 30 anos, foi morto durante tentativa de assalto, em julho de 2004, no Largo do Santo Cristo. Fervil havia acabado de sair do trabalho, na Praça Mauá, e foi abordado por bandidos numa moto ao passar pelo Largo do Santo Cristo. O jornalista reagiu e os criminosos, que queriam roubar o carro da vítima, atiraram. Ferido no peito, ele morreu na hora.

O jornalista foi assassinado a caminho de casa. Assim como no crime bárbaro de ontem, a mãe de Fervil, Maria Helena Lemos Villela de Andrade, entrou em desespero ao ver o corpo do filho jogado no chão, ao lado do Peugeot.

"Meu filho morreu. Há seis meses, voltei na contramão na Linha Vermelha quando avistei uma blitz de bandidos. Minha filha mais nova já ficou a pé na Avenida das Américas (Barra), após ter seu carro roubado. Estamos numa cidade inabitável", lamentou Luiz Fernando Villela de Andrade, pai do rapaz, na época.





Fonte: O Dia

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