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Internacional
Terça - 29 de Agosto de 2006 às 06:52

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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse que partirá para a Síria ainda nesta terça-feira em uma viagem que deve aborrecer Washington, que acusa o país árabe de patrocinar o terrorismo.

Chávez vem liderando uma forte retomada esquerdista na América Latina, cujo objetivo é retirar o apoio das reformas de livre mercado patrocinadas pelos Estados Unidos nos anos 1990.

"Agora posso dizer que em poucas horas iremos decolar para a República Árabe da Síria", disse Chávez, falando através de um intérprete, a um grupo de empresários em Kuala Lumpur.

Chávez, um crítico duro das políticas externas e comerciais dos EUA, chegou na Malásia no domingo para uma visita de três dias para cimentar laços comerciais bilaterais.

Ele busca reforçar a influência da Venezuela no palco mundial ao incrementar os laços com os inimigos dos EUA como o Irã e Cuba, apesar das críticas de Washington.

O governo Bush e o do premiê britânico, Tony Blair, dizem que a Síria apóia grupos militantes nos territórios palestinos e no Líbano e instigou a violência recente no Oriente Médio.

Um assessor de Chávez, que pediu anonimato, disse que os dois países irão assinar um acordo durante a visita de Chávez a Damasco, mas não entrou em detalhes. Da Síria, Chávez viaja para Angola.

Em Kuala Lumpur, o presidente venezuelano instou empresários malaios a investirem nos setores de energia, telecomunicações, construção e processamento de alimentos da Venezuela.

"A nova geopolítica do mundo está ligada às relações bilaterais de países como os nossos", disse ele, acrescentando que seu governo busca investimento para revitalizar Caracas, a capital venezuelana.

"Com sua ajuda conseguiremos transformar Caracas em um bom lugar, em uma cidade bonita. Vocês podem ir para Caracas e levar investimento", disse.

Parte desse investimento pode eventualmente ser pago em petróleo, disse Chávez, acrescentando que as companhias petrolíferas nacionais dos dois países negociam maneiras de cooperação. A Venezuela é o quinto maior país exportador de petróleo do mundo.

A Malásia, que é o maior produtor de óleo de palma, poderia compartilhar sua tecnologia de processamento com a Venezuela, que oferece vários milhões de hectares de terra para plantações, disse Chávez. "Óleo de palma é muito importante para nós", acrescentou o líder venezuelano.





Fonte: Reuters

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