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Cultura
Terça - 22 de Agosto de 2006 às 07:34

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Uma viola caipira com captador e muita distorção. A fórmula inusitada é um dos segredos da banda Zefirina Bomba, de João Pessoa, na Paraíba. O grupo mostra um rock rápido, direto e sem meias palavras em seu álbum de estréia, que tem o auto-explicativo título Noisecoregroove-cocoenvenenado.

"Quando fui preencher o questionário de inscrição pro programa Banda Antes, da MTV, na parte do gênero, coloquei esse nome por brincadeira", diverte-se Ilsom, guitarrista - ou melhor, violeiro - e vocalista do Zefirina Bomba.

Cabe a ele domar a microfonia das violas que usa. "Às vezes era tão insuportável que no final do show eu destruía a viola", conta.

Seguindo a filosofia "uma viola velha, um captador barato e algumas cordas vagabundas", o Zefirina Bomba injeta peso no cenário do rock nacional, influenciando-se por incendiários como MC5, Stooges e Mutantes com João Cabral de Melo Neto e Glauber Rocha.

E a escolha da viola como instrumento tem uma razão que vai além da mera contingência econômica. "É um instrumento com um som mais agudo, agressivo, rasgado", descreve Ilsom.

Para o vocalista, o clima sossegado de João Pessoa também serve como influência, só que reversa. "A tranqüilidade da cidade deixa a gente inquieto", diz.

A mistura de rock pesado com tons nordestinos já teve outro representante famoso: os Raimundos. "Há essa ponte com a gente por sermos da Paraíba e falarmos palavrão, mas não tem a ver", despista Ilsom. "É mais a necessidade da imprensa de apresentar um novo som comparando com outro".





Fonte: Terra

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