Repórter News - www.reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 12 de Fevereiro de 2013 às 14:46
Por: ALECY ALVES

    Imprimir


“Casa de ferreiro, espeto de pau”. O ditado popular que se aplica perfeitamente ao cumprimento das normas de prevenção e combate a incêndio e pânico nos prédios públicos.

Tanto na esfera estadual quanto na municipal, os órgãos que fiscalizam e exigem dos outros setores a aplicação de leis e normas de segurança são os mesmos que as desrespeitam em suas instalações.

As escolas e creches estão entre os maiores exemplos do descaso. Durante esta semana, a reportagem do DIÁRIO percorreu diversos colégios públicos das redes estadual e municipal em Cuiabá.

A conclusão foi de que nenhum deles, até mesmo os maiores, entre os quais aqueles apresentados como ‘modelo’ de instalação física, dispõe de equipamentos básicos de combate a incêndio. E se não há nem extintor de chamas, como ficou constatado, imagine sinalização de saídas de emergência. Sendo assim, não dispõem de alvará do Corpo de Bombeiros.

Na Escola Estadual Diva Huguiney Siqueira Bastos, no bairro Aroeira, inaugurado em 2004, restaram as setas pintadas nas paredes, indicando os pontos onde deveriam estar os extintores.

Construída para ser a primeira unidade ‘modelo’, porque representaria um novo conceito em infraestrutura escolar (com piscina semi-olímpica, quadra de esportes, rampas para deficiente, entre outros), a Diva Huguiney serve de referência para os demais estabelecimentos públicos de ensino.

Nessa unidade estão matriculados mais de 1.300 estudantes, dentre os quais centenas de crianças com idade entre seis e sete anos. A diretora, professora Rosemeire Marques Peixoto, depois de dizer que a escola “conta com a proteção de Deus”, argumentou que os extintores (seis) estão sendo recarregados e que na próxima semana devem ser reinstalados.

Em duas grandes e tradicionais escolas, a Nilo Póvoas, no bairro Bandeirantes, e a Liceu Cuiabano, na avenida Getúlio Vargas, a situação não é diferente. Na Nilo Póvoas, o diretor Donizetti Ribeiro, disse que a unidade nunca teve um projeto ou plano de prevenção e combate a incêndio e pânico, como exige a legislação.

Indagado sobre as razões dessa ausência, o diretor orientou a reportagem a questionar os dirigentes da Secretaria Estadual de Educação.

“Pergunte na Seduc”, disparou Donizetti. Conforme ele, o Corpo de Bombeiros já fez diversas fiscalizações no prédio e aplicou notificações, documentos que na suposição dele foram encaminhados à Seduc.

Nas unidades escolares municipais o quadro não é diferente. A maior da rede, a Dejani Ribeiro, sediada no Jardim Vitória, com mais de 1.200 alunos matriculados, também não dispõe de equipamentos de combate a incêndio, tampouco plano de prevenção.

O diretor não foi localizado pela reportagem, porém professores e funcionários do colégio informaram que o único extintor que existe lá não tem serventia. A carga do equipamento estaria vencida há anos. Na parte do prédio que a equipe do jornal teve acesso não havia nenhum equipamento.

Várias outras unidades escolares municipais foram visitadas pela reportagem, todas reproduziram o mesmo quadro descrito sobre as unidades citadas.




Fonte: Do DC

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/28467/visualizar/